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Man machine

Uma pitada de pop para facilitar o entendimento de um assunto que parece simples, mas não é

Por Alexandre Matias
Atualização:

O repórter Rafael Cabral já vinha tocando esta pauta desde o fim do ano passado. Começou quando, após o anúncio que a IBM planejava para logo um computador que pudesse recriar o cérebro humano. Em seguida, pesquisadores da Intel divulgaram uma pesquisa que dizia que em dez anos controlaremos computadores com o nosso cérebro. Estas duas notícias foram o gancho para uma matéria que Rafael fez no ano passado, falando das relações entre o cérebro humano e o computador. Vale reler a matéria O que o cérebro ensina às máquinas, publicada na edição do dia 29 de novembro do ano passado.

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Nesta mesma edição Rafael conversara com o cientista brasileiro Miguel Nicolelis, que desenvolvia um projeto para fazer com que portadores de deficiência motora pudessem recobrar seus movimentos através de um exoesqueleto artificial chamado WalkAgain (leia a íntegra da entrevista com Nicolelis aqui). Foi a partir desta primeira matéria que Rafael começou a juntar assuntos para uma matéria sobre como a tecnologia vem criando próteses cada vez mais eficientes a ponto do ser humano eventualmente conseguir determinar a própria evolução biológica. Batizamos esta pauta de "homem-máquina".

(Um parêntese rápido para uma referência-código: quase todos os repórteres do Link têm uma matéria em andamento que nos referimos como "* *** ** *******" - asteriscos no lugar das letras pois esta é uma pauta do Filipe que deu origem à piada interna. Por uma série de motivos diferentes a pauta do Filipe ainda não saiu e tornou-se uma espécie de Santo Graal nas reuniões de pauta do Link - aquela matéria que prometemos que irá sair um dia, mas que, por enquanto, ainda não saiu. A matéria Homem-Máquina, capa da edição desta semana, era "* *** ** *******" do Rafa - e finalmente saiu.)

Desde dezembro do ano passado, portanto, Rafael vem levantando casos e histórias de gente que perdeu um membro ou um sentido e fez da perda motivação para recuperá-la através da tecnologia. São histórias que unem brasileiros e estrangeiros rumo a um novo ser humano, consciente de seus defeitos de fábrica e disposto a ultrapassá-los com a ajuda da mecânica, da física, da biologia e da eletrônica na matéria Eu, Robô, cujo título foi tirado do clássico livro de ficção científica de Isaac Asimov.

 Foto: Estadão

Para a capa, o ilustrador Alex Sousa trabalhou em cima de uma ideia minha. Em vez de usarmos os ciborgues com implantes que são tão clichês quando este assunto é abordado, sugeri deixarmos as ilustrações das próteses para os detalhes da arte e colocarmos, sem referência, um dos integrantes do Kraftwerk vestido de camisa vermelha e gravata preta como na capa do clássico Man Machine, disco do grupo alemão que antecipa o tema desta pauta. Uma pitada de pop para facilitar o entendimento de um assunto que parece simples, mas não é.

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 Foto: Estadão

Engraçado como isso também serve de metáfora para o próprio Link.

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