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O lado livre da internet

Software livre na prática (1): programas compatíveis com Windows e OS X

É fácil dar seus primeiros passos com Software Livre! Veja lista com alguns programas para escritório, editores multimídia e mais

Por CCSL
Atualização:
 Foto: Estadão

Por André Solnik*

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Se você não caiu neste blog por um total acaso do destino, o nome GNU/Linux provavelmente já entrou pelo seu ouvido (e se saiu pelo outro, dê uma lida neste texto e neste outro antes de continuar). Talvez você tenha curtido a filosofia que embasa o movimento software livre e tenha subido pelas paredes de tanta empolgação, mas esteja esperando a hora certa para dar uma reviravolta na sua vida computacional e migrar para uma plataforma e sistemas livres. O problema é que esse momento não chega nunca...

Muita calma! Nem tudo está perdido: existe uma maneira bem simples de entrar em contato com esse mundo. Como alguns programas livres são multiplataforma - ou seja, podem ser utilizados em mais de um sistema operacional -, é possível experimentá-los no Windows ou no OS X, dispensando a instalação do GNU/Linux.

Internet e escritório

Um deles é o Firefox, um dos navegadores mais utilizados no mundo. E com méritos: é estável, rápido, cheio de funcionalidades e dá suporte à instalação de extensões. O cliente de e-mails Thunderbird, também desenvolvido pela Fundação Mozilla, tem uma interface amigável e, assim como seu irmão Firefox, pode expandir suas funções por meio de extensões.

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Que tal juntar todos os serviços de mensagens em um só? Essa é a ideia do Pidgin, que mostra em uma lista única todos os seus contatos do MSN, Google Talk, Facebook, ICQ (sim, ele voltou!) e muitos outros. Embora exista uma versão não-oficial do Pidgin para OS X, o próprio site do projeto recomenda o Adium. Os dois programas suportam o protocolo OTR, que criptografa todas as mensagens enviadas e recebidas, dificultando que um terceiro bisbilhote suas conversas.

O LibreOffice é uma suíte de escritório completa. Assim como o Microsoft Office, vem com o trio de ferro processador de texto, planilha e editor de apresentação, além de outras ferramentas para usos mais específicos, como um editor de fórmulas matemáticas, um gerenciador de base de dados e um editor de vetores gráficos. Tudo isso sem você ter que desembolsar um centavo ou ficar se preocupando com a renovação de licenças todo ano. Mas, assim como tantos outros projetos que desenvolvem softwares livres, depende de doações voluntárias para continuar vivo e operante. Contribua!

Multimídia

Se você ainda usa o Windows Media Player, está mais do que na hora de migrar para o VLC, um reprodutor multimídia muito popular por ser leve, fácil de usar e, principalmente, por aceitar praticamente todos os formatos de áudio e vídeo existentes. Um recurso bastante útil é o baixador de legendas automático: basta começar o filme, ativar o baixador e esperar que ele faça todo o trabalho.

O polêmico Popcorn Time permite o streaming gratuito de qualquer torrent de vídeo, esquentando o debate sobre o compartilhamento de arquivos na internet e acendendo um alerta vermelho nos escritórios da Netflix, que, mesmo oferecendo um serviço pago, disponibiliza um catálogo limitado de filmes e séries. E já que o assunto é torrent, uma ótima opção para gerenciá-los é o Transmission: ele faz o que promete de forma simples, sem mostrar propagandas ou criar barras de ferramentas inconvenientes no seu navegador.

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Para organizar sua biblioteca de músicas, baixe o Clementine. Além de colocar todos os seus álbuns em ordem, ele já vem com centenas de estações de rádio pré-definidas, baixa automaticamente a letra e informações sobre o artista da música que você estiver escutando, converte vários formatos de arquivo e ainda pode ser controlado remotamente através de um aplicativo para Android. Vai editar ou gravar um áudio? Mais simples e intuitivo que o Audacity impossível.

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Editores gráficos

O Photoshop é tão famoso que até já virou verbo. Que atire a primeira pedra o fotógrafo que nunca deu uma "photoshopada". O GIMP ainda não se aventurou por outras classes gramaticais, mas nem por isso deixa de ser um editor de fotos de primeira linha. Uma das coisas interessantes do GIMP é a possibilidade de instalar uma infinidade de extensões criadas pelos próprios usuários. Se você precisa fazer apenas alguns retoques e não quer saber de recursos avançados, tente o Pinta. Ele tem uma interface similar ao Paint, mas com bem mais recursos.

Eu ouvi cartazes, ícones, logotipos? Experimente o Inkscape, referência quando o assunto é desenho vetorial. O Krita é voltado à pintura digital: ilustrações, quadrinhos e qualquer outra imagem 2D que sua imaginação permitir. Para criar objetos, animações e jogos 3D, não deixe de explorar o Blender, que também é um editor de vídeo bem completo (veja um curta feito com ele aqui e uma propaganda aqui). O Scribus é um software de editoração eletrônica, ideal para a criação de livros, jornais, revistas, e também para ajustar as cores de um arquivo antes de enviá-lo para impressão.

Há muitos outros, claro, mas a ideia aqui era apresentar um conjunto de programas que desse conta das tarefas cotidianas (ou nem tanto) de um usuário comum. Caso você conheça algum que não poderia ter ficado de fora, deixe um comentário. O próximo post da série "Software livre na prática!" será sobre formatos abertos. Fique ligado!

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*André Solnik é estudante e ativista do movimento pelo software livre

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