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Tudo sobre o ecossistema brasileiro de startups

A grande guinada das Fintechs

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Por Felipe Matos
Atualização:

O setor de fintechs no Brasil vive um boom. Casos de sucesso, mudanças na legislação e novos investimentos indicam forte guinada no setor.

Imagem: Pexels (Creative Commons) Foto: Estadão

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O PagSeguro fez um IPO nos EUA levantou U$ 2,3 bilhões de dólares, num dos mais bem sucedidos movimentos do gênero. Já o NuBank recebeu mais uma rodada de investimentos que o colocou em avaliação superior a U$ 1 bilhão. Na fila de próximos potenciais IPOs de unicórnios (empresas de tecnologia avaliadas em mais de U$ 1 bilhao), estão o Banco Inter e a processadora de pagamentos Stone, todas fintechs que devem abrir ações em bolsa de valores ainda em 2018.  A própria Movile, gigante de tecnologia dona do iFood, dentre outros aplicativos, e que também habita a categoria de unicórnio em potencial (alguns dizem que ela já ultrpassou a cifra), anunciou essa semana o investimento na empresa de pagamentos Zoop e entrou no jogo das fintechs.

Para jogar mais lenha nesse fogueira, o Banco Central está editando novas normas para o setor de crédito, favorecendo fintechs. O objetivo é permitir que startups possam oferecer produtos financeiros de crédito mais baratos e eficientes, utilizando-se de tecnologia. Uma das categorias que deve ser regulamentada é o peer-to-peer lending, uma espécie de marketplace de crédito, que reúne via aplicativo indivíduos e/ou organizações interessados em dar e tomar crédito, possibilitando investimentos de maior retorno e aos mesmo tempo crédito com juros mais baixos.

É claro que nesse cenário, os bancos tradicionais não poderiam ficar parados. Além de estarem montando suas próprias versões de fintechs digitais (como Digio e Next), têm crescido seus investimentos em programas de relacionamento e parceria com startups. O Itaú, que foi pioneiro com o CUBO, anunciou a expansão de seu espaço de relacionamento com starups para um novo edifício de 21 mil metros quadrados, 4 vezes maior que o anterior. Já o Bradesco ampliou seu programa de relacionamento com startups, o InovaBra, e também lançou seu próprio espaço, o InovaBra Habitat, com 22 mil metros quadrados. Os demais grandes bancos devem acompanhar esse movimento. Em especial, Santander e Banco do Brasil, grandes bancos nacionais cujas iniciativas são ainda tímidas no setor. As bandeiras Visa e Mastercard também tem apostado em investimento e relacionamentos com startups.

Vale notar que os principais programas com startups dessas instituições financeiras estão envolvendo também os seus grandes clientes corporativos. Como o setor financeiro presta serviço para todos os outros setores da economia, vem envolvendo diferentes indústrias em seus esforços de inovação, o que acelera a tendência de adoção de tecnologias digitais por diferentes cadeias.

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Todos esses movimentos indicam que a adoção massiva de inovações digitais no setor é um caminho sem volta e que muitas novidades devem surgir nas áreas de crédito, seguros e pagamentos.

Atualizado em 26/03/18, para corrigir informação sobre o investimento na empresa Zoop, feito pela Movile. Trata-se de um investimento e não compra, conforme originalmente publicado.

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