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Novo consumidor é móvel, social e exige inovação

Aplicativos para celular mudam o ato da compra

Por Filipe Serrano
Atualização:

* Publicado no 'Link' em 20/2/2012.

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É fato que ferramentas digitais já fazem parte do cotidiano na hora de decidir qual tipo de produto ou serviço que as pessoas escolhem. Mas há uma mudança de comportamento em curso que, para muitos empreendedores, é um exemplo do que a internet vai se tornar nos próximos anos.

Se hoje já planejamos viagens pela rede, procuramos restaurantes, pesquisamos preços de produtos eletrônicos, negociamos carros, calculamos financiamentos de imóveis, entre outras inúmeras formas de consulta que influenciam na decisão de compra, acredita-se que, para outro tipo de consumidor e de produto, não é a busca por informação que importa mais.

"As pessoas estão deixando de fazer um pouco o 'search', a comparação de preço, e indo para o que está se chamando hoje de 'social discovery' (descoberta social)", afirma Flávio Pripas, um dos fundadores do Fashion.me, um site de moda para montar "looks" virtuais, com peças de roupas e acessórios reais.

"Em muitos casos, a pessoa não sabe exatamente o que quer, mas ela entra em um site em que tem milhares de outras pessoas conversando sobre determinado assunto, e acaba encontrando um produto. Seja porque elas têm um mesmo perfil ou porque tem um gosto completamente diferente."

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Na semana passada, o Fashion.me recebeu um investimento, de valor não divulgado, da Intel Capital, braço de investimentos de risco da fabricante de microprocessadores. Pripas afirma que o investimento vai permitir uma mudança no site, que deixará de dar foco à ferramenta de looks para melhorar a interação social entre os usuários. Ele também pretende expandir o site internacionalmente e, em março, a página já deve ganhar uma versão em inglês.

Uma pesquisa recente da eMarketer estima que em 2015 pelo menos 31 milhões de brasileiros vão fazer algum tipo de compra pela internet e as vendas devem somar US$ 26,9 bilhões (R$ 46,6 bilhões). É de olho neste crescimento, em ritmo acelerado, que estão surgindo novos serviços online.

Outro exemplo são os criadores do Meu Carrinho, que receberam um investimento do Buscapé no ano passado. O app, que ganhou versão para iPhone há um mês (antes só havia a versão para Android), aposta na consulta de preços para um outro tipo de produto. Ele permite fazer listas de compras de supermercado e consultar preços por meio de um leitor de código de barras.

Agora os fundadores do Meu Carrinho estão fechando parcerias com fabricantes para incluir dados dos seus produtos e destaques das marcas dentro aplicativo. É outro tipo de funcionalidade que influencia qual produto a pessoa vai comprar. Muitas vezes ali dentro da própria loja. Além disso, o próximo passo, segundo Bruno Branta, um dos fundadores, é lançar um comparador de preços de supermercados.

"O celular muda tudo, ele te dá mais poder do que você tinha com o computador, porque pega todos os parâmetros de geolocalização, às vezes até a indicação de que você está em um shopping, e dá a informação mais direcionada possível", diz Branta.

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De acordo com Eduardo Baer, um dos fundadores do iFood - site de delivery pela internet - entre 10% e 15% dos pedidos já são feitos por meio do aplicativo para iPhone. No mês que vem, ele deve ganhar uma versão para Android. Nesta semana os restaurantes poderão ser organizados no site de acordo com a avaliação dos consumidores.

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"Em geral a pessoa faz um pedido com o telefone que está anotado na agenda. Mas ela não tem a informação atualizada. Para fazer um pedido pela internet, por outro lado, tem de estar na frente do computador. Com o celular, ele junta as duas coisas. É rápido, está ali no seu bolso, é fácil pedir e ao mesmo tempo tem todas as facilidades que a web traz", diz Baer.

É o smartphone conectado à rede, aliado ao poder de interação das redes sociais, que tem sido esta nova fronteira dos serviços que ajudam o consumidor a tomar a melhor decisão. Para muitos, é aí que estão as oportunidades de criar novos negócios online.

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- o Coluna anterior6/2: Em São Paulo, às 19h de uma segunda-feira

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