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Máquinas e aparelhos

5 anos de iPad: a ascensão e queda do tablet da Apple

Por Camilo Rocha
Atualização:

No dia 27 de janeiro de 2010, o então CEO da Apple, Steve Jobs, apresentou ao mundo algo diferente: um tablet chamado iPad. Muita gente não entendeu: não só a categoria dos tablets não existia no mercado, como de início não era óbvio compreender para o que aquele aparelho servia. Parecia um smartphone enorme, mas não fazia ligações; era como um laptop mais compacto, mas sem teclado físico; era um leitor eletrônico, mas com muito mais recursos.

 

Referências

 Foto: Estadão

As pessoas tentaram definir o novo produto de acordo com as referências existentes, ainda sem perceber todo o potencial di iPad. A hashtag #iPhonezão virou Trending Topics no Brasil. Nos EUA, ele foi logo taxado de "assassino do Kindle", referência ao leitor eletrônico da Amazon.

 

Mas ele não era o primeiro tablet...

 Foto: Estadão

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Diversos fabricantes vinham desenvolvendo desde o fim dos anos 80 "pads", computadores portáteis com tela grande, incluindo tentativas da Microsoft e Nokia. Nesse meio, surgiu a categoria dos "palmtops" ou PDAs (abreviação em inglês para "assistente digital pessoal"), onde se destacou o Palm Pilot. O foco desses aparelhos, que eram muito mais limitados em funcionalidades, era usos de trabalho.

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...nem foi o primeiro da Apple

 Foto: Estadão

Em 1993, a empresa lançou o Newton MessagePad, um processador de texto de mão. Entre seus recursos estava o reconhecimento de caligrafia e desenhos de formas à mão, que poderiam ser transformados em versões digitalizadas.

 

Trabalho e diversão

 Foto: Estadão

Aos poucos, o público foi entendendo que o iPad era um aparelho de consumo de conteúdo multimídia que podia tanto ser usado no trabalho como no lazer. O iPad servia tanto para uma planilha de Excel quanto ver um filme no avião. Uma pesquisa de 2011 revelou que 53% das pessoas usavam o iPad principalmente para entretenimento. Em março de 2012, a PC Magazine registrou que os principais usos do iPad nos EUA eram assistir a vídeos e ler notícias.

 

Um estouro de vendas

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 Foto: Estadão

Em 2012, um levantamento mostrou que 31% dos usuários de internet norte-americanos possuíam um tablet. No primeiro ano de lançamento, foram quase 20 milhões de unidades vendidas. Em junho de 2014, a Apple tinha comercializado mais de 200 milhões de peças em todo o mundo.

 

Aplicativos

 Foto: Estadão

Assim como aconteceu com o iPhone, uma forte indústria de aplicativos se desenvolveu em torno do iPad, se tornando rapidamente obrigatória para qualquer app que se preze a existência de uma versão para o tablet da Apple.As estatísticas de download dos dois primeiros anos de existência do aparelho revelam uma mistura de apps de notícias, leitura, edição de texto e muito, muito Angry Birds.

 

Tchau, PCs

 Foto: Estadão

A popularização do iPad, e depois de outros tablets, contribuiu para o declínio dos laptops e PCs de mesa (embora os tablets não sejam os únicos culpados; os smartphones também foram decisivos para isso). De acordo com a consultoria Gartner, as vendas de PCs caíram 10% em 2013.

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iPad Mini

 Foto: Estadão

Em novembro de 2012, a Apple anunciou uma versão menor do seu tablet, o iPad Mini. Ele vinha com tela de 7,9 polegadas, em comparação com os 9,7 polegadas do iPad original (a essa altura, já na sua quarta geração). O novo produto também tem metade do peso do seu irmão maior.

 

iPad Air

 Foto: Estadão

Cerca de um ano depois, surgiu o iPad Air, uma nova denominação para o iPad "principal", que ganhava uma espessura bem menor. Se o iPad de quarta geração tinha 9 milímetros de lado, o iPad Air vinha com 7,5 milímetros. A medida caiu para 6,1 milímetros no iPad Air 2. Em quatro anos de existência, a resolução de tela do iPad dobrou, o armazenamento máximo chegou a 128 gigabytes e a câmera traseira foi de 0,7 megapixels para 8 megapixels.

 

iPad vende menos

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 Foto: Estadão

Cinco anos depois, a novidade esfriou, a empolgação passou. Mas, talvez mais importante, os smartphones nunca estiveram grandes. Alguns quase tão grandes quanto.... tablets. Não só isso: o ciclo de troca de um tablet é muito mais longo do que de um celular. Tudo isso junto resultou em uma desaceleração das vendas de tablets e em um declínio no desempenho do iPad. Dos quatro trimestres de 2014, os números foram negativos para o iPad em três. No total do ano, o tablet da Apple despencou -12,7%.

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