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Inovação e Tecnologia

Como o mundo pós-digital vai mudar a sua vida

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Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

Dia desses comprei um novo livro: The Third Wave (A terceira onda, em tradução literal) de Steve Case, fundador da America Online e um dos empreendedores mais famosos dos EUA.

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Best-seller aqui nos EUA, o livro faz parte do programa de estudos do meu mestrado e tem chamado a atenção porque aborda um dos assuntos mais quentes na área de tecnologia aqui nos EUA: a terceira onda da internet.

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Essa terceira onda é também o que muitos chamam de mundo pós-digital, no qual a ideia de se conectar à internet tem menos a ver com usar um determinado aparelho e mais a ver com a ideia de se estar conectado o tempo todo, porque tudo está conectado à rede. A internet torna-se tão invisível e onipresente que nem percebemos a sua existência, assim como acontece com a energia elétrica.

A era pós-digital Case não é o primeiro autor a falar sobre assunto. Especialistas em inovação do mundo todo têm abordado o mundo pós-digital nos últimos anos. No entanto, ele fornece uma boa definição sobre a evolução da internet até agora.

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Enquanto a primeira onda (1985-1999) foi sobre criar a internet e conectar as pessoas com o mundo, a segunda onda (2000-2015) foi sobre criar startups na área de buscas, social e mobile com base na internet. Case diz que a terceira onda, que começou neste ano, é sobre criar uma realidade na qual estamos conectados o tempo todo, por meio de tudo, e que as iniciativas que farão sucesso são as que tiverem em mente a nova realidade, já que a terceira onda permite uma grande revolução em diversos setores (alô, empreendedores!).

:::LEIA TAMBÉM: Cinco passos para você ser mais criativo, segundo um dos maiores inovadores do mundo:::

Eventos, conferências e estudos recentes nos EUA só falam no assunto. A empresa de pesquisa Forrester Research realizou recentemente um evento sobre a era pós-digital e divulgou a ilustração abaixo, que explica bem o novo momento que vivemos: passamos da era em que a internet era sobre conectar as pessoas com o mundo e, depois, com outras pessoas, para a era em que tudo na internet gira em torno do usuário.

Reprodução

 

As marcas, claro, já estão de olho nisso e querendo se infiltrar em todos os momentos da sua vida. E alguns expoentes da "terceira onda" capazes de levar a mensagem das marcas até os usuários já estão surgindo.

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Mas como isso vai influenciar a sua vida?Um dos lançamentos recentes mais relevantes nesse sentido foi a loja de chatbots do Facebook. Chatbots são softwares que criam robôs para desempenhar tarefas rotineiras e responder às perguntas dos usuários como se fosse uma pessoa.

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Ao permitir que qualquer marca possa criar o seu chatbot, o Facebook abre espaço para que empresas criem serviços e soluções muito mais focadas no consumidor. Isso significa que você poderá falar com a central de atendimento de empresas, pedir pizza ou até ler as principais notícias sobre seu assunto preferido pelo Messenger, depois de trocar algumas mensagens com os robôs das marcas que adotarem essa tecnologia.

:::LEIA TAMBÉM: Prepare-se: os robôs vão invadir o seu celular:::

As assistentes pessoais, criadas com inteligência artificial para responder à perguntas complexas, também são personagens fundamentais da terceira onda e devem ficar ainda mais inteligentes.

A Apple tem a Siri, o Google lançou recentemente o Google Assistant e a Amazon tem a Alexa. Essas gigantes da tecnologia devem se abrir cada vez mais para que outras companhias criem soluções usando suas assistentes virtuais. Um exemplo é que se a Apple permitir que outras marcas criem soluções com base na Siri, a companhia vai permitir que em um futuro próximo você possa pedir um Uber só por comando de voz, sem precisar digitar o endereço e fazer tudo manualmente no seu iPhone (atualmente, a Siri localiza e abre o aplicativo no seu celular, mas ainda não faz o pedido da corrida em si).

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Reprodução/vídeo

 

Junto com essas assistentes, um mercado de novos aparelhos está surgindo. São assistentes domésticos controlados por voz que pretendem funcionar como uma central de controle de toda a casa. Um dos primeiros a ganhar popularidade foi o Echo, da Amazon, que funciona utilizando a assistente Alexa.

O Google anunciou em sua recente conferência o Google Home, um aparelho que também será capaz de manejar tarefas domésticas e resolver questões do dia-a-dia. Você instala esses aparelhos em casa e pode utilizá-los para perguntar a previsão do tempo, saber qual o restaurante mais próximo, acender a lâmpada e realizar outras tarefas básicas. Com o tempo, eles devem realizar tarefas mais complexas. Especula-se agora se a Apple também vai lançar um aparelho doméstico para competir com Amazon e Google.

Essas novidades colocam as principais empresas de tecnologia dos EUA em uma nova disputa: quem vai conseguir entrar na sua vida com mais sucesso? Ao tornarem-se parte da vida dos usuários essas marcas ganham não só mercado, mas também acesso a dados cada vez mais valiosos sobre seus hábitos. Mais uma vez estamos diante do grande dilema da tecnologia: trocar informações pessoais por conveniência.

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