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Inovação e Tecnologia

Redes sociais sob pressão das marcas

Pixabay

Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

A Unilever, uma das maiores anunciantes do mundo, ameaçou retirar todos os seus anúncios do Google e do Facebook.

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Após anos de crescimento exponencial, a publicidade digital em redes sociais enfrenta desafios. Notícias falsas, racismo, sexismo e extremismo são temas cada vez mais associados a essas plataformas.

A situação fica ainda mais complicada quando uma empresa do porte da Unilever ameaça virar as costas para as redes sociais caso esses problemas não sejam resolvidos. A empresa é dona de um orçamento de cerca de US$ 9,8 bilhões para anúncios, dos quais 25% são focados em plataformas digitais.

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No ano passado, a Procter & Gamble teve atitude semelhante. Prometeu deixar a de anunciar em todas as plataformas que não cumprissem alguns requisitos básicos de segurança que incluíam não apenas o combate a notícias falsas e conteúdo impróprio, como também mais transparência com os anunciantes. Na sequência, cortou mais de US$ 100 milhões do orçamento para anúncios digitais.

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A pressão dos anunciantes ainda não afetou financeiramente as redes socias. O Facebook, por exemplo, continua batendo recordes de faturamento. Quem está sofrendo, por enquanto, são as agências, que têm cada vez mais dificuldade de conquistar e manter clientes no já competitivo mercado de marketing digital. Mas embora a conta ainda não tenha chegado ao bolso das redes sociais, a crescente pressão dos anunciantes é motivo de preocupação.

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Em meio a um ano de inferno pessoal para as plataformas sociais, que sofrem uma forte pressão pública e uma crise de credibilidade, tudo que elas menos precisavam é ver as maiores anunciantes do mundo questionando o uso de ferramentas que pareciam já estar consolidadas.

Já para o usuário das redes, a pressão chegou em boa hora. Por anos, modelos de negócio como o do jornalismo foram enfraquecidos porque os anúncios migraram para as plataformas sociais. Agora os anunciantes finalmente perceberam que cliques e segmentação não são suficientes se o usuário final - e potencial consumidor - também não tiver suas necessidades satisfeitas e respeitadas pelas plataformas. Em um mundo polarizado, as pessoas cobram cada vez mais uma posição clara das marcas. Ninguém está livre do julgamento das massas. Dessa vez, nem mesmo as redes sociais.

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