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Videogames de A(tari) a Z(elda)

Arte, games e um museu ousado

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Por João Coscelli
Atualização:

 

Clássicos dos videogames passaram a integrar a coleção do Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, em novembro de 2012. A instituição adquiriu cópias de 14 títulos e quem expandir a coleção para 40 em um futuro próximo, de acordo com um post no blog do museu.

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Entre os games já adquiridos estão Tetris, Pac-Man e The Sims. Os demais títulos desejados pelo MoMA incluem The Legend of Zelda, Space Invaders e Minecraft.

A exposição deve ter início oficial em março. Os games mais curtos serão jogáveis, enquanto os mais longos terão versões de demonstração. Outros serão exibidos somente por meio de vídeos que condensam a história e os personagens.

A coleção de videogames vai integrar o acervo de Arquitetura e Design do museu. Segundo Paola Antonelli, curadora do departamento e autora do post, os títulos foram selecionados de acordo com sua relevância histórica, seu design e o nível de imersão e interatividade.

O padrão do museu é a aquisição cópias do código original dos jogos, bem como hardwares capazes de reproduzí-los. Assim, diz a instituição, será possível converter os códigos para novas linguagens quando a tecnologia que os reproduz se tornar obsoleta.

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O MoMA é uma das mais importantes instituições de arte moderna do mundo e a iniciativa de incluir games em seu acervo respaldam os jogos eletrônicos como uma manifestação artística, mas a dicussão se eles são ou não arte tem gregos e troianos. Como há quem concorde, como Paola, há quem discorde, como Johnatan Jones, blogueiro do diário britânico The Guardian.

Jones acha inaceitáve lque um museu como o MoMA, que conta com Picasso e outros famosos pintores em seu acervo, exponha jogos como arte. Seu principal argumento é de que jogos não são uma visão pessoal do mundo, como uma obra de arte é a perspectiva do artista. Ele diz ainda que o jogador de xadrez é apenas um jogador, não um artista, e que seu jogo não é arte.

Mas o jornalista também afirma que a arte pode se manifestar no xadrez no design das peças que compõem o tabuleiro, e é aí que reside o argumento de quem defende os videogames como arte. Afinal, no desenvolvimento de um jogo há animação, sonoplastia e artes gráficas conceituais.

E aí? De que lado você está?

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