A Nintendo confirmou a tendência da E3 deste ano - a integração com outros dispositivos e a ampliação do leque de funções dos consoles é o futuro dos videogames. Última das três grandes fabricantes a se apresentar, a companhia japonesa revelou mais detalhes sobre sua nova plataforma - o Wii U, que será lançado ainda este ano - e sobre sua própria rede social - o Miiverse, que promete conectar os jogadores. Sobre os novos jogos, pouca euforia, uma vez que quase todos os conhecidos mascotes ficaram de fora.
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Com o Wii U, a Nintendo larga na frente na corrida da nova geração de consoles. A proposta do videogame é agradar tanto o público mais ávido quando os jogadores casuais. A plataforma tem um controle - o gamepad - com uma tela própria que tem funções diversas, dependendo do jogo. O mais importante, porém, é que os games funcionam com as duas telas simultaneamente - da televisão e do controle, conceito apresentado como o "jogar assimétrico" - ou apenas com o gamepad.
O gamepad, aliás, é uma atração à parte. Cada Wii U suportará dois deles, que parecem um portátil de proporções exageradas com sensores de equilíbrio, sensor geomagnético e giroscópio, tudo para não perder a mania de controle de movimento lançada desde o Wii. Câmera e microfone também compõem o gamepad. Ah, também tem botões.
O console, apresentado como "o aparelho que vai revolucionar sua sala", terá funções de televisão, suportando Youtube, Netflix, Amazon Video e outros sistemas de vídeo. Mas tudo isso ficou para mais tarde. O foco, além dos jogos, foi o próprio funcionamento do Wii U e o Miiverse.
Nas palavras de Reggie Fils-Aime, CEO da Nintendo americana e a figura comum que comanda a apresentação da empresa na E3, o objetivo do Wii U é fazer com que os jogos sejam sociabilizados, que eles sejam compartilhados e experimentados em conjunto entre jogadores. A ideia, disse, é simples - se é junto, é melhor.
Por isso a Nintendo insistiu em uma plataforma acessível a todos os membros da família - da priminha com menos de 10 anos até a vovó - e cheia de jogos nos quais é possível compartilhar resultados, trocar informações, enviar mensagens e interagir de diversas formas com outros jogadores.
A proposta da empresa ficou clara: investir novamente no conceito de "console família", a fórmula que lhe rendeu rios de dinheiro há alguns anos. Mas a introdução de mais um hardware, já que, aparentemente, os antigos controles do Wii serão usados para jogar, pode afastar o público hardcore. Esta fator, aliado à carência de bons títulos, foi o responsável pela decadência do Wii nos últimos anos, o que acelerou o desenvolvimento da nova plataforma.
Os conceitos apresentados abrem muitas possibilidades para atrair todos os tipos de público, mas com o lançamento do Wii U marcado para no máximo daqui seis meses a Nintendo tem pouco tempo para preparar grandes jogos e colocar o console no mercado abocanhando a parcela de consumidores que perdeu para a concorrência. As ideias são interessantes, mas é o modo como ela será aplicada que vai ditar o futuro do Wii U.
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