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Made in Brazil: QUByte Interactive

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Por João Coscelli
Atualização:

A QUByte Interacive nasceu em 2009, em São Paulo, quando seus sócios-fundadores, colegas de classe do curso de pós-graduação em programação e produção de jogos do Senac, uniram forças para criar uma empresa de desenvolvimento de games.

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São sete os games já desenvolvidos pela QUByte, que hoje conta com nove integrantes em sua equipe: Rescue Team, Baby Jones, Plush Wars, Plush Ninja, RC Mini Racing, World Wild West e HTR High Tech Racing, sendo este último considerado o maior sucesso da empresa e ganhará até uma versão para 3DS.

O HTR High Tech Racing é um simulador de autorama que permite também que o jogador desenvolva os próprios carros e as próprias pistas. Os modelos são controlados apenas pelo acelerador, assim como na vida real. Mas acelere muito e o carrinho sai da pista; vá devagar e simplesmente chegue em último. O segredo é saber equilibrar velocidade e estabilidade nas curvas. O título já teve mais de 8 milhões de downloads.

Nem tudo, porém, são flores. A QUByte teve problemas com a publisher do HTR High Tech Racing e decidiu seguir caminho próprio, desenvolvendo advergames, serious games e outras produções para smartphones, tablets e desktops, além de trabalhar com ports (adaptações) para consoles Sony e Nintendo.

//www.youtube.com/embed/Vei3oklO53Q

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A prioridade, conta Guilhes Damian, um dos sócios do estúdio, passou a ser trabalhar com material autoral. "Só que percebemos que atuar como terceiro não era uma coisa muito bacana quando colocamos tudo na ponta do lápis. Vendo os números, dava pra entender que produzir nossos próprios títulos seria muito mais rentável. Na situação atual temos feito de tudo. A prioridade, claro, é desenvolver material autoral. Mas tentamos ainda manter um equilibrio entre desenvolver para terceiros e desenvolver o que é nosso".

Mesmo com um grande portfólio e um game que chegará ao 3DS, a QUByte trabalha duro para se manter no mercado. De acordo com Damian, quem faz o desenvolvimento brasileiro caminhar sãos os profissionais apaixonados, o contra-peso de uma balança onde pesam, e muito, leis trabalhistas ultrapassadas, alta carga tributária e burocracia generalizada.

"A indústria de games no Brasil ainda esta em formação. Não é exatamente fácil trabalhar nela. Quem trabalha faz por que gosta e abre mão de um monte de coisas. Tem gente boa? Tem. Mas também existe muito amadorismo e uma falta generalizada de visão de negócios. A parte boa é justamente dispormos de programadores incríveis, artistas acima de média, designers super criativos e muita gente cheia de idéias e boa pra caramba. Acho que a facilidade maior é, diante desse cenário todo, a paixão de quem trabalha na área. Trabalhar com gente apaixonada pelo que faz facilita demais as coisas", opina.

O segredo para se dar bem? Trabalho e criatividade. O primeiro passo é tentar se destacar com algo diferente, que não seja "mais do mesmo". Outro ponto a ser considerado é que é preciso abordar o mercado global, e não apenas o brasileiro. No caso da QUByte, Damian conta que se os games produzidos abrangessem apenas os jogadores nacionais, eles não teriam um quarto do mercado hoje conquistado. Por fim, é preciso trabalhar e estudar, para se manter atualizado.

Para saber mais sobre a QUByte Interactive, é só entrar no site oficial ou na página do estúdio no Facebook. Seus jogos também estão disponíveis para vários sistemas operacionais em plataformas móveis.

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Essa publicação faz parte da seção Made in Brazil, na qual damos espaço para os desenvolvedores nacionais exibirem seu trabalho e darem sua opinião sobre o mercado de games brasileiros. A coluna será publicada às sextas-feiras no Modo Arcade. Veja mais sobre os estúdios nacionais clicando aqui.

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