A tecnologia - falamos, aqui, dos meios de produção e distribuição - sempre tem um impacto na maneira como produzimos e consumimos cultura. Não dá para separar. Desde que surgiram, todas as novidades - jornais, rádio, televisão, computadores, internet, redes sociais - influenciaram a cultura que nós consumimos e também a maneira como chegamos às músicas, livros e filmes que gostamos.
Você, claro, deve saber que estamos passando por uma mudança muito profunda.Temos acesso como nunca a quantidade imensa de informação. Não dependemos mais dos lançamentos dos grandes estúdios ou gravadoras. Não nos informamos, apenas, pelos jornais ou pela televisão - mas também pelo que dizem as próprias pessoas que constroem a rede.
Isso multiplica as fontes que podemos usar para achar coisas legais - e também as próprias coisas legais. Qualquer um pode postar um texto, lançar sua música ou divulgar seu filme na rede sem nenhum intermediário.
O que é P2P? Em inglês, peer-to-peer: todos trocam arquivos entre si, sem depender de ninguém. É uma forma de compartilhar de arquivos totalmente descentralizada: todos têm acesso a tudo. Você disponibiliza o que tem e os outros fazem o mesmo. Quem ganha? Todos - ou quase todos.
Esse processo, você sabe bem, não é tão simples assim. Existe alguém que perde: os detentores de direitos autorais, que deixam de arrecadar sobre a cópia e reprodução das obras compartilhadas na rede. Uns optam pela restrição, apreensão e condenação de quem infringe o copyright. Outros, porém, pensam em modelos alternativos para sustentar a indústria cultural nessa nova realidade.
E é para divulgar essas novas iniciativas, idéias e modelos que esse blog surgiu. Além, claro, de discutir a atual legislação e o modelo de restrição adotado em alguns lugares do mundo.
Aqui contribuições são bem-vindas. E você também.