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SEO, buscadores e outros bichos

Aprenda SEO

O mercado de SEO está terrivelmente carente de novos profissionais. Nas principais cidades, onde conheço boa parte das agências de searchmarketing a reclamação é a mesma: não há mão de obra nova.

Por Computerklaus
Atualização:

Existem SEOs que apresentam-se com a visão de mercado um tanto distorcida e chegam a pedir salários iniciais de R$ 6 mil para o nível de entrada/intermediários - tais valores não estão de acordo com a realidade. Em conversa com agências de marketing de busca, soube que o salário para um SEO nível pleno - daqueles que você solta no pasto e ele dá conta dos levantamentos e identifica potenciais pontos fracos e e oportunidades - pode chegar à casa dos R$ 7 mil; reparem "pode". Esse salário é para a cidade de São Paulo e não contempla a função de gerente/coordenador, cargos que começam com salários de R$ 8 mil mensais.

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Bom, se acha que SEO é uma bela carreira, e pode ser, sim, sugerem-se: leitura, grupos de discussão, ter sites ou blogs próprios, saber inglês e não se incomodar em acompanhar festas por webcam - eles bebem, você investiga; no começo será assim. Ah, não esquece de estudar!

Semana passada, conversei com quatro empresas que oferecem cursos de SEO. Se você quiser escolher algum bom curso nessa área, pode começar por aqui, mas há mais, muit0 mais cursos que ensinam a otimizar sites; os com que conversei ficam em SP,ou no Rio para os presenciais. Os cursos online, com base em aulas de vídeo e poucos encontro presenciais também foram analisados.

4 Cursos de SEO para você escolher

Comecei a rodada de perguntas, querendo saber qual é o aspecto dos cursos que mais gostariam de melhorar. Para a maioria, mais tempo seria a solução. Cursos de 16 horas são puxados; alunos saem motivados, mas o conhecimento não decantou, ainda.

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"Creio que para os cursos presenciais o tempo é o nosso inimigo. Queremos passar sempre o máximo de conteúdo e normalmente temos 2 dias, em alguns casos, 1 dia no curso presencial para conseguir lançar o máximo de ideias e conteúdo para os participantes", responde Fábio Ricotta, agência Mestre.

"O tempo. Acho que é 16 horas já é um bom tempo para passar a quantidade de conteúdo necessária, mas seria possível facilmente mais 32 horas de conteúdo para abranger outros assuntos relacionados ao tema", diz Paulo Teixeira, do Marketing de Busca (um dos primeiros cursos de SEO do Brasil). Teixeira cogita a possibilidade de criar outros cursos com pauta mais aprofundada em cada assunto.

Onde o 'bicho pega'?

Qual seria o conteúdo mais difícil de passar em um curso de SEO presencial ou online, EAD, enfim - onde é que o bicho pega?

Para Rafael Oliveira, idealizador do CheckList SEO, o mais recente dos cursos a aparecer no radar com promoção forte e apresentando um misto de curso EAD e um workshop presencial, a dificuldade está em passar informações sobre o SEO Off-page, normalmente ele inclui distribuição estratégica de links e outras ações que visam, entre outros, despertar o interesse por assuntos em buscas orgânicas. "O conteúdo de SEO Offpage é o mais delicado. É onde está a maior parte do risco e onde pode-se dar a entender que é seguro utilizar certas práticas e acabar levando a erros graves." Quando diz erros graves, certamente faz referência à ações que podem ser consideradas spam.

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Na ótica de Diego Ivo, da Conversion, tirar o aluno da zona de conforto é o grande X. "A maior dificuldade, na minha opinião, não está na teoria, mas em incentivar os alunos a saírem de si e entenderem melhor o 'outro'", confessa. Ivo c0mpleta afirmando que é necessário provocar o participante a - desde já - usar sua capacidade de tomar decisões.

"Pensar de forma mais abrangente pode trazer benefícios tão bons como ações pontuais" - para Rodrigo Teixeira este é o 'osso duro de roer' nos cursos que ministra.

Para Fábio Ricotta, a questão passa, ainda por outro fator, o da subjetividade sobre a qualidade de conteúdo "...creio que o mais subjetivo é ensinar a criar conteúdo. Muitos não conseguem elaborar ideias e desejam a famosa "receita de bolo", responde o SEO de Itajubá (MG) - que insiste em dizer que o pão de queijo deles é melhor que o nosso, paulistano... 'tsc tsc tsc, Ricotta'.

Do you speak english

A terminologia em SEO é senão 100%, 90% em inglês. Pagerank, Linkbuilding, Quality Score, Doorway Pages, Backlinks etc e tal -a lista não finda.

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Será que não saber inglês é impeditivo para quem deseja aprender SEO?

Ricotta diz que sim. "Conheço diversos profissionais que não possuem esta facilidade com a língua inglesa que sofrem um pouco para conseguir absorver o conhecimento e isto, nos dias de hoje, pode ser o fator decisivo de mais tráfego de qualidade ou não no seu site", exemplifica.

Para Diego Ivo, um termo em inglês que não se domine é 'fichinha', "...saber lidar com as mudanças e direcionar o pensamento estratégico à prioridade, me parecem ser os principais fatores que influenciam o desenvolvimento do profissional", afirma o CEO da Conversion.

Rafael Rez vai na linha de raciocínio de Fábio Ricotta, para ele, não há para onde correr - ou aprende ou aprende. "É fundamental que o aluno se capacite no inglês e aprenda o idioma, caso contrário, quando chegar nos níveis mais avançados da área, verá seu desenvolvimento sendo limitado pela falta de um bom domínio do inglês. Não vejo muita escapatória, dá para começar sem o inglês, mas quanto mais cedo aprender, melhor".

"Para quem vai trabalhar com internet, no longo prazo o cerco para o aprendizado do inglês vai se tornando obrigatório", opina Paulo Teixeira. Ele acredita que fundamental saber o idioma inglês mesmo que seja para comunicar-se com outros players do mercado ou para ser elegível na hora de pegar uma missão de otimização de um site estrangeiro.

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Conclusão

Curso de SEO e banana pera tem para todos os gostos e bolsos. Dos quatro SEOs entrevistados, apenas Fábio Ricotta diz ter participado de um no Brasil. Por acaso foi o de Paulo Teixeira, ainda em 2007. O que é confirmado em tom uníssono é a obrigatoriedade da leitura e do sacrifício de finais de semana em prol do entendimento. Quando fala-se em balança ou seja, qual o peso dos elementos na formação de um profissional do segmento de otimização, a reposta tende a ser 40% teoria e 60% prática - acho que faltam os 30% de crítica. SEO não é fácil e não deve ser compreendido com um conjunto de truques. Cada demanda em search deve ser encarada como uma missão especial para aquela empresa e seu nicho - nenhuma regra vala para todos os segmentos - tem página que não queremos mostrar, existem métricas que agradam a gregos mas são odiadas por troianos; repito SEO não é fácil.

Sobre os cursos

São Paulo 

Agência Mestre

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Conversion

Rio de Janeiro

Marketing de Busca -

Online (com opção de um evento presencial)

CheckList SEO

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