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SEO, buscadores e outros bichos

Editores espanhóis dão 'Olé' em agregadores de notícias

A Google deverá recompensar financeiramente veículos de notícias cujo conteúdo exibe em seu agregador, o Google News. O Projeto de Lei que reestrutura a regulamentação da propriedade Intelectual, aprovado sexta-feira por uma comissão de ministros, visa obrigar o Google News e todos os outros agregadores a pagarem diárias referentes ao uso do conteúdo.

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Por Computerklaus
Atualização:

A nova lei atende uma antiga reveindicação dos editores espanhóis respaldada em vários outros países, em que a negociação com a empresa de buscas virtuais não rendeu o acordo esperado. O último país a conseguir alguma forma de recompensa pelo uso de conteúdo jornalístico foi a França. O acordo não previu ressarcimento direto aos editores, mas estabeleceu a criação de fundo de apoio e de pesquisa para o jornalismo no valor de 60 milhões de euros.

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Assim que o Projeto de Lei vigorar, o país passará a replicar esse modelo de taxação para todos os agregadores e notícias ativos no país. Bing News (do buscador Bing, da Microsoft), Yahoo News e outros canais que vivem da disseminação de notícias de terceiros estão inlcuídos na lista. No vácuo dessas mudanças entra em atividade um feroz combate à pirataria virtual, posto que o fundamento de todo o PL é uma revisão nas leis que regem a propriedade intelectual. Entre os esforços para por um basta à pirataria estão multas de 10 mil euros por dia para sites que disponibilizarem links para material protegido por leis autorais.

"Tenho certeza de que esse caminho que abrimos será seguido por outros países da Comunidade Europeia ", disse Luis Enriquez , presidente da Associação de Editores de Jornais espanhóis (AEDE).

Editores de notícias da Espanha passam a receber por conteúdo exibido em agregadores Foto: Estadão

Uma para o toureiro, outra para o touro duas para o toureiro!

Não está prevista a retirada do conteúdo dos resultados de busca dos motores de pesquisa virtual. No entendimento do Ministério da Educação , de Cultura e de Esportes espanhol, a ida de um visitante a partir da interface de buscas para uma página listada não configura uso de dados com fins lucrativos. Motores de busca comuns respondem por uma porção muito mais relevante de tráfego que seus primos, os agregadores.

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O 'fim lucrativo' fica configurado quando o agregador em questão exibir conteúdo suficiente que desobrigue o leitor a ir até a página original. Somente quando o Google News e outros agregadores fornecem resumos que desobrigam o usuário visitar a página de informação de origem é que constitui-se o uso indevido de conteúdo protegido.

É o argumento-mor contra o Google News e outros agregadores: eles exibem em seus snippets informações que resumem a notícia. Apesar de, muitas vezes, esses resumos serem criados pela empresas jornalísticas conscientes de sua exibição em agregadores e em resultados de notícias comuns, essa exibição fere os 'novos' direitos que regulamentam a propriedade intelectual espanhóis.

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