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SEO, buscadores e outros bichos

Linkbuilding: SEOs dão a dica

Linkbuilding é uma atividade que consiste em disseminar atalhos para páginas na Internet com dois objetivos:

Por Computerklaus
Atualização:

a) Levar o conteúdo da URL em questão ao conhecimento da audiência;

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b) Sinalizar ao Google que a página apontada possui conteúdo relevante, popular e interessante a ponto de provocar a inserção de um link.

Podemos fazer uma analogia entre um link e uma dica.

Para conversar sobre Linkbuilding, suas nuances, resultados e eficiência após o Google iniciar uma operação de descoberta de links fraudulentos, espalhados web afora com o único objetivo de alavancar a nota de uma URL (medida em Pagerank), convidamos à mesa quatro SEOs, três dos Estados Unidos e do Canadá, além de um SEO 'indústria nacional'.

Os entrevistados:

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Terry Van Horne, fundador do núcleo de SEOs SEOPROS; Doc Sheldon, SEO e estrategista de conteúdo, contribuidor regular do portal Searchenginewatch;Michael Martinez, profissional de otimização que, há anos, mantém seu blog sobre o assunto e é amplamente conhecido por sua postura crítica e contundente às crenças dominantes sobre o assunto; E Jhonny Jessé, também conhecido por Coca Gelada na comunidade de search brasileira.

O Google Penguin

Contextualizar é preciso, viver não é preciso. Um pouco sobre a caça do Google aos links intencionalmente plantados.

Penguin é o nome dado a um update - uma atualização de algoritmo que o buscador executou há mais ou menos um ano, que visa identificar os links plantados web afora. Os resultados desse update foram devastadores para muitos sites que sobreviviam à base dessa técnica. Apesar de não ter começado nessa época (o buscador já informava há tempos que puniria sites que vendessem links), foi nessa época que o 'circo pegou fogo'. Desde então, a atividade de linkbuilding tornou-se uma algo visado, malcompreendido e perigoso a quem abuse.

Minha conversa com os SEOs mantinha em foco essa operação 'limpeza da web' do Google.

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A cada um foi feita a mesma pergunta; cada um reagiu de forma distinta.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

Qual é o tipo de link que acredita estar mais na mira do Google, desde o início de sua perseguição ao linkbuilding?

De seu escritório em Toronto, no Canadá, Terry Van Horne responde. "Tenho certeza de que os chamados links contextuais (posicionados em no meio de textos, circundados de palavras chave) são os mais visados. Tenho lidos documentos que comprovam isso. Por isso a prática de guest posting, ou seja, de escrever artigos para sites com carência de conteúdo original, é uma das menos apropriadas quano o assunto é conseguir bons links", responde o consultor.

Para Doc Sheldon, um dos perigos está na adoção da técnica do infográfico. "O Google já havia dito que infográficos (desde a explosão desse tipo de conteúdo) deveriam conter links com o atributo "nofollow", o que não permite que a relevância do site hóspede passe ao site apontado no link", responde. Na visão de Sheldon, esse tipo de conteúdo pode ser alvo de punição manual, quando há interferência de um profissional na detecção de webspam da equipe do Google.

Para Jhonny Jessé, com base em Curitiba, os links contextuais ainda têm alguma força e, segundo ele, sabendo fazer, não o que temer. "Os links contextuais ainda funcionam, claro que talvez com menor força, mas em alguns nichos e casos dá pra fazer; acho que os de rodapé são os mais perigosos", responde o SEO @cocagelada (no Twitter).

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Na ótica de Michael Martinez os links de rodapé são os mais visados, sendo que há casos em que a identificação desses links por parte do Google é algo, no mínimo, complicado. "Há milhares de websites com links instituciuonais no rodapé. Em fontes desgracadamente pequenas e com praticamente nenhuma utilidade, webmasters e designers entopem a seção inferior das páginas com dezenas desses links. A maioria usa palavras chave descritivas, algo que o buscador tenta usar na avaliação dos links para descobrir se são links naturais ou manipulados", diz em email.

O linkbuilding migrou para ações em redes sociais?

Desde que o uso de redes sociais para distribuição de conteúdo e geração de tráfego virou algo absolutamente corriqueiro, o volume de links naturais diminuiu radicalmente. Afinal de contas, é mais fácil, prático e rápido apertar um botão de "like" do que acessar o CMS e inserir um link para um conteúdo que seja relevante, concordam?

Pergunto aos SEOs se a atividade de colocar links em redes sociais ganhou força em detrimento da outra, do linkbuilding 'clássico'.

Jhonny diz que não. "Não acredito que um substitua o outro, os dois se complementam", diz. Cocagelada completa dizendo que "...se algo é muito compartilhado nas redes sociais, isso reflete nas buscas no google. É só observar o Google Trends".

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Não é o que pensa Doc Sheldon. "Não acredito que links em redes sociais cheguem perto do poder que têm os links de site para site. O Google já afirmou que usa, sim, sinais sociais em redes como o Twitter e o Facebook para avaliar, por exemplo, a relevância de autores e de seus artigos. A questão é: a que ponto esses sinais ajudam ou atrapalham", completa Doc, de seu escritório em San Diego, na Califórina 'über alles'.

Martinez vai na contramão. "Links em redes sociais são "nofollow" por natureza; é absolutamente impossível que sejam relevantes para compor o ranking de buscas orgânicas - não há qualquer utilidade para estes links, seja para avaliar as páginas destino, seja para verificação de autoria", diz o SEO com base no estado da Georgia.

Dicas de linkbuilding

Por fim, peço aos entrevistados que deem uma dica, uma palavra final sobre o assunto. Com vocês, os SEOs:

De Curitiba, o SEO Jhonny Jessé diz que é hora de experimentar Foto: Estadão

 

Doc Sheldon diz que o Google não poupa ninguém, ultimamente Foto: Estadão

Links de homepages não são naturais, as pessoas não entendem isso? Foto: Estadão

Para Terry, a tarefa do Google é muito maior e mais difícil que se pensa Foto: Estadão

 

Valeu!!

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