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Quem joga, sabe

Chroma Squad diverte com homenagem a heróis japoneses

Jogo nacional que ganhou apoio no Kickstarter, Steam e da Sony deve estrear no próximo ano para PC, PS3, PS4 e PS Vita

Por Murilo Roncolato
Atualização:

Por Murilo Roncolato

 

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Chroma Squad é daquelas surpresas agradáveis de se deparar de vez em quando. A brasileira Behold Studios repete a dose, depois do bem sucedido Knights of Pen and Paper, e consegue fazer uma game de enredo original, cheio de metalinguagem e que garante ao jogador, mais uma vez, o controle do caminho no jogo pelo qual ele deseja percorrer.

Ao lado dos grandalhões no estande da Sony, na Brasil Game Show, ele parecia deslocado. Seu visual pixelado e mecânica de RPG com turnos, fazia-o parecer, como disse o designer Marcos Venturelli sobre o game que ajudou a desenvolver, "um jogo de Mega Drive".

 

Em resumo, o jogador gerencia um estúdio de televisão especializado em sentai, os super-heróis japoneses, famosos desde meados da década de 1970. Seu objetivo é colocar seus personagens para lutar contra seus inimigos - que, seguindo a proposta sentai, são ETs estranhos, robôs e monstrengos sem sentido como um barril com luvas de boxe - e gerar o máximo de audiência que puder.

As cenas - que, no jogo, são as batalhas em si - devem ser bem pensadas, desenvolvidas pensando no espetáculo. Como aconselha Venturelli, "não é bom ir direto ao ponto e matar o chefão logo de cara". Os personagens atacam individualmente, mas podem fazer um trabalho em equipe (teamwork), gerando ataques mais elaborados.

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Se o jogador tiver bom desempenho na partida, ele pode usar o recurso de "Chromatize", transformando os personagens ordinários nos super-heróis japoneses, cada um com sua cor. Algo como a hora de morfar, estão lembrados?

O jogador pode personalizar tudo: nome do estúdio, estilo e nomes dos personagens, as armas que usam, o que falam nos momentos de vitória, os cenários, etc. Cabe ao jogador também o papel de administrador do estúdio, controlando os salários de cada ator, por exemplo.

//www.youtube.com/embed/6vZCi4plQGg

Os sentai foram inspiração não só para a Behold, mas também para estúdios de TV reais como a americana Saban, responsável pela produção de Power Rangers, sucesso absoluto das décadas de 1990, inclusive no Brasil. Enquanto desenvolviam o game, os brasileiros receberam a notícia de que a Saban os estava acionando judicialmente alegando plágio.

Segundo esclareceu Saulo Camarotti, fundador da Behold, durante a BGS, o processo ainda está em discussão, mas as conversas estão evoluindo e é possível que a Saban se alie à Behold e ajude-os na divulgação do game quando for lançado.

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"Nossa inspiração é a mesma que inspiraram os Power Rangers", diz Camarotti. "Para o desenvolvimento do jogo, o processo da Saban impactou pouco, posso dizer que não afetaram nosso cronograma, não."

Chroma Squad foi aprovado com quase o dobro do valor pedido no Kickstarter, foi aprovado na Greenlight e deve chegar na Steam em meados de 2015. Segundo a Behold, o game terá cerca de 15 horas de gameplay. Eu joguei Chroma por alguns minutos na feira e me diverti muito. O humor, já parte do estilo da Behold, está presente e continua bem afiado.

 
 
 

 

Chroma SquadDesenvolvedora: Behold StudiosPlataformas: PS3, PS4 e PC (Steam)Preço: Não definidoPrevisto para 1º semestre de 2015

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