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Quem joga, sabe

Obras do MAM de São Paulo viram jogo para celular

Obras de Tarsila do Amaral e Cildo Meirelles podem ser remontadas em quebra-cabeça no app da instituição, disponível para iOS e Android

Por Bruno Capelas
Atualização:

Por Bruno Capelas

 Foto: Estadão

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Ao pintar seus quadros, Tarsila do Amaral talvez não soubesse, mas também estava criando bons quebras-cabeças. O mesmo vale para outros grandes artistas brasileiros, como Beatriz Milhazes e Flávio de Carvalho: os três, acompanhados de outros 39 artistas, tiveram suas obras transformadas em game pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Lançado nessa semana, o aplicativo MAM Quebra-Cabeça convida os usuários de iOS e Android a tentar recriar os quadros do acervo da instituição a partir de peças embaralhadas, em três níveis de dificuldade (fácil, médio e difícil). Ao todo, são 42 artistas e 51 obras presentes no aplicativo, que busca aproximar o público mais jovem do universo dos museus e da arte.

"O quebra-cabeça é um game antigo, mas até hoje é procurado por todos os públicos. No aplicativo do MAM-SP, o usuário sai da condição passiva que tem no museu e se torna ativo ao montar a obra", diz Felipe Chaimovich, curador da instituição. Além de montar as obras, o usuário pode ainda escolher uma moldura para elas e compartilhar seus feitos nas redes sociais. Segundo Chaimovich, "o envolvimento dos museus com as novas tecnologias é uma tendência internacional há algum tempo, mas no Brasil é algo novo".

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MAM Quebra-Cabeça não é o primeiro aplicativo do museu: no início de 2014, uma parceria com o Google gerou o MAM Coleção, com o acervo da instituição. Meses depois, foi lançado um videoguia do acervo da instituição, realizado em cojunto com a Samsung. Entretanto, Felipe destaca que o jogo tem um diferencial por "ser uma forma lúdica para o público entrar em contato com a arte moderna e contemporânea brasileira".

Produzido durante seis meses, o jogo teve como critério para a inclusão das obras a relevância dos artistas e também a adequação das imagens ao formato de tela e da fragmentação do quebra-cabeça.

"Foi um grande desafio buscar as autorizações dos artistas para este tipo de ação, visto que muitas permissões de uso de imagem não contemplavam este tipo de uso", conta o curador do MAM-SP, que crê que "os museus precisam oferecer atividades e atrativos para o jovem, com diversidade maior de informação e tecnologias". Além do jogo, o aplicativo contém ainda uma agenda de exposições e eventos do MAM-SP.

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