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Quem joga, sabe

Review: Uncharted -- The Nathan Drake Collection

O galã dos games que sonha em ser Indiana Jones está de volta mais bonito, mais rápido e mais difícil.

Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:

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por Luiz Fernando Toledo

O galã dos games que sonha em ser Indiana Jones está de volta antes do esperado: Nathan Drake, em mais detalhes do que nunca, retorna em Uncharted: The Nathan Drake Collection, da Naughty Dog. Mas o clima aqui é de "esse filme eu já vi": o título, exclusivo do PS4, é uma junção dos três episódios anteriores da série do Playstation 3 que ficou famosa pela ação frenética e bons gráficos: Drake's Fortune (2007), Among Thieves (2009) e Drake's Deception (2011).

Mais bonito, mais rápido e mais difícil. E por que mais detalhes do que nunca? É simples: fomos todos brindados no PS4 com belos gráficos remasterizados em 1080p e 60 quadros por segundo. Não é a sequência que os fãs esperavam (ainda), uma vez que o tão falado Uncharted 4: A Thief's End deve sair somente em 2016. Mas é um gostinho de como o personagem pode ficar na tela com a nova geração do console e uma forma de reunir todos os três games para não quem mais paciência de jogá-los em um videogame já considerado ultrapassado.

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Além das mudanças visuais, os jogos também ganharam algumas opções a mais: é possível jogar desde o começo no modo Brutal, por exemplo, ampliando o desafio de um jogo já considerado difícil por muitos. Também foi criado o modo "explorador", para ajudar os iniciantes a se interessarem pela história de Drake.

Se o modo Brutal não é suficiente para o seu gosto por desafios, a Naughty Dog trouxe o modo "corrida de velocidade contínua", que coloca o jogador em uma corrida contra o tempo para passar pelas cenas mais rapidamente. Um cronômetro é adicionado à tela para que se estabeleçam recordes - algo não tão fácil assim dada a quantidade de inimigos e obstáculos que se apresentam no game.

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As diferenças entre os três jogos continua existindo. Quem jogou Uncharted 3 sabe que os movimentos dos personagens - que já interagem com os cenários, por exemplo - é bem maior do que na edição de estreia. Os gráficos, por mais que remasterizados, continuam com algumas diferenças entre um episódio e outro.

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A história. Para quem não se lembra, eis aqui um breve resumo: você é Nathan Drake, o herói que acredita ser descendente do explorador Sir Francis Drake. Em Drake's Fortune, como o nome já sugere, a aventura é em busca do tesouro de El Dorado, na América do Sul. Acompanham a trama com cara de filme hollywoodiano de ação os personagens carismáticos Elena Fisher, uma jornalista que espera dar o 'furo' de sua vida, e Victor Sullivan, um velho amigo que você só conhecerá de verdade no terceiro episódio. No remake, é o único que talvez ainda esteja distante de um jogo do PS4. Vale lembrar que ele foi lançado em 2007 (sendo considerado, na época, um dos melhores gráficos de sua geração).

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Na sequência direta Among Thieves, pode-se dizer que nem havia muito o que melhorar. A primeira cena do trem que despenca do penhasco já é um clássico da saga e espantava, não só pela qualidade do enredo, como pelo visual. Neste episódio, Drake, que estava de férias, recebe uma proposta de outro aventureiro, chamado Harry Flynn. Ele apresenta ao herói a oportunidade de ir atrás de uma lamparina em um museu de Istambul, na Turquia. Uma fortuna é oferecida pelo artefato e o motivo do curioso pedido é desvendado ao longo da trama.

CREDITO

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Já no terceiro episódio, que retoma a infância de Nathan Drake e mostra como ele e Sullivan se conheceram, a obra é quase um game de PS4. Os gráficos já eram considerados excelentes para o PS3, e no PS4 ficaram ainda mais bonitos. A história mostra a dupla em busca de uma lendária cidade perdida, Ubar, engolida pelo deserto de Rub'al Khali.Há rumores de que a cidade desapareceu por causa da riqueza e ganância exagerada de seus moradores.

Vale a pena? Se considerarmos que o último jogo foi lançado há quatro anos, há poucas novidades que justifiquem a compra do game para quem ainda tem um PS3 e não é um fã extremo da trama. Collection, no entanto, é recomendado para quem deseja ter momentos de saudosismo, mesmo sem tudo aquilo que a nova geração tem de positivo. Além disso, é uma ótima aquisição para quem acabou de comprar um PS4 e não jogou a saga de Drake na geração anterior. Para os veteranos, os modos de jogo mais difíceis são um atrativo, rendendo (boas) dores de cabeça até mesmo para quem já descobriu cada centímetro do vasto cenário de cada um dos episódios.

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