
Renato Cruz
Informações sobre tecnologia
A Cisco depois da Operação Persona
06/03/2008 | 10h54
Por Renato Cruz

O presidente da Cisco do Brasil, Pedro Ripper, afirmou ontem (5/3) que a Operação Persona – da Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita e o Ministério Público – não atrapalhou os negócios da empresa no País. “O mercado reagiu bem”, disse o executivo, em sua primeira entrevista coletiva desde que, em outubro do ano passado, a PF prendeu 20 pessoas, sob a acusação de terem causado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão em sonegação de impostos.
“Existe um processo em andamento, que corre sob segredo de Justiça”, explicou Ripper, sem comentar a situação atual do caso. O executivo chegou a ser preso em outubro, passando cinco dias na carceragem da Polinter, no Rio de Janeiro. Ripper falou pouco sobre a Operação Persona e saiu assim que a coletiva terminou, afirmando que estava atrasado para outros compromissos.
Ele afirmou que, no primeiro semestre fiscal, encerrado em janeiro, o faturamento da subsidiária brasileira teve um crescimento duas vezes maior que o da corporação e ficou 10% acima da meta. A Cisco fabrica equipamentos para redes de comunicação de dados.
A operação da PF teve como foco a Cisco e a sua principal distribuidora, a Mude. Ripper assumiu a direção da subsidiária logo depois de ser liberado pela polícia. Carlos Roberto Carnevali, ex-vice-presidente da Cisco para a América Latina, também preso durante a operação, foi demitido pela empresa. Carnevali trouxe a Cisco para o Brasil, em 1994.
Mais informações no Estado de hoje (“Cisco diz que operação da PF não atrapalhou vendas“, para assinantes, p. B16).