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A crise do impresso

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Tim O'Reilly, editor de livros sobre tecnologia, criou a expressão Web 2.0. Ele escreve hoje no O'Reilly Radar (em inglês) sobre a crise do jornal San Francisco Chronicle. Phil Bronstein, editor-chefe do jornal, teria dito à sua equipe, em uma reunião de emergência, que o setor "está quebrado e ninguém sabe como consertá-lo" e que "se qualquer outro jornal disser que sabe, está mentindo". Uma das conseqüências são cortes de postos de trabalho.

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O'Reilly cita uma história interessante, sobre a Morton-Groves Newspaper Newsletter (em inglês), especializada em jornais, que deixou de ser publicada. A newsletter diz que os jornais já "passaram do ponto da oportunidade" nos maiores mercados para salvarem a si mesmos e traz informações interessantes sobre o setor nos Estados Unidos:

"Desde a recessão do começo da década de 1990, a lucratividade da indústria cresceu de uma média de 15,7% em 1990 para 22,6% em 2002. A desaceleração subseqüente mudou esta direção em 2006, quando a lucratividade diminuiu 1,3%, chegando a 17,8%. Enquanto isso, a participação na publicidade baixou de 24,9% em 1990 para 15,8% em 2006. Em 1990, 62,4% dos adultos, em média, liam um jornal a cada dia da semana, enquanto em 1997 a audiência adulta caiu para 58,3%."

Um problema é que jornal é hábito. A internet comercial chegou ao Brasil em 1995 e hoje existem muitas pessoas com mais de 20 anos que nunca se habituaram com o impresso. Trata-se de um público importante, que dificilmente seria convencido a ler notícias no papel. Com o passar do tempo, a tendência é que esse grupo só venha a crescer.

Você pode ler outro post sobre a crise dos jornais aqui.

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