Foto do(a) blog

Informações sobre tecnologia

A invasão dos robôs

Onde estão os robôs de uso doméstico, tão comuns na ficção científica?

PUBLICIDADE

Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

Onde estão os robôs de uso doméstico, tão comuns na ficção científica? Eles estão no Japão. Para a maioria das pessoas, essas máquinas parecem uma previsão que não se concretizou. Mas, como disse o escritor americano William Gibson, o futuro já chegou, só não está bem distribuído.

PUBLICIDADE

Na semana passada, a Softbank, operadora celular japonesa, anunciou o lançamento do Pepper (pimenta em inglês), um robô doméstico que promete interpretar as emoções das pessoas. Ele já começou a ser demonstrado em duas lojas no Japão e, a partir de fevereiro, será vendido por lá a 198 mil ienes (US$ 1,9 mil).

Desenvolvido pela empresa francesa Aldebaran, o Pepper tem 1,2 metro de altura e pesa 28 quilos. Anda sobre rodas e possui mãos que servem principalmente para gesticular. Ele não é capaz de executar trabalhos domésticos como a Rosie, dos Jetsons.

Com uma tela de 10,1 polegadas no peito, o Pepper foi criado para ser um sistema de entretenimento, como um televisor ou um videogame. A Softbank planeja oferecer um kit de desenvolvimento para que outras empresas criem aplicativos para o robô, como acontece nos telefones móveis. A fabricação ficou por conta da Foxconn, empresa taiwanesa que produz o iPhone e o iPad para a Apple.

O Pepper foi projetado para interpretar os sentimentos das pessoas a partir da linguagem corporal, das expressões faciais e da fala. A ideia é que a máquina aprenda com a própria experiência. Quando contar uma piada, o robô deve observar se as pessoas riem ou não, e a informação será usada posteriormente.

Publicidade

Esses dados sobre comportamento vão ficar armazenados coletivamente na nuvem, para serem usados coletivamente por todos os robôs. Mesmo assim, a Softbank garantiu que respeitará a privacidade dos consumidores.

Em 2012, foram vendidos cerca de 3 milhões de robôs de uso doméstico e pessoal em todo mundo, segundo a Federação Internacional de Robótica, o que representou um faturamento de US$ 1,2 bilhão. Esse número inclui máquinas que fazem serviços domésticos, como o aspirador de pó automático Roomba. Para o período de 2013 a 2016, a previsão é de 15,5 milhões de unidades, com vendas de US$ 5,6 bilhões.

No entanto, mesmo no Japão os robôs ainda não se transformaram num eletrônico de consumo de sucesso. Entre 1999 e 2005, a Sony vendeu o cachorro robô Aibo, que foi retirado do mercado num esforço da empresa para reconquistar a rentabilidade.

Em 2005, o robô Wakamaru começou a ser vendido pela Mitsubishi Heavy Industries, para ser uma companhia para idosos e deficientes físicos. Nunca teve sucesso comercial, provavelmente por custar US$ 14 mil.

Masayoshi Son, presidente da Softbank, é fã de Astro Boy, o garoto eletrônico imaginado por Osamu Tezuka. Mas os robôs de hoje ainda estão muito longe da ficção.

Publicidade

Distribuição

PUBLICIDADE

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste concentram somente 30% dos grupos de pesquisa existentes no País, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi). Foram mapeados 27 mil grupos de pesquisa brasileiros, sendo que 23,1% deles estão sediados em São Paulo. O Estado possui mais grupos de pesquisa que toda a Região Nordeste (17,5% do total).

Ranking

Os números fazem parte de um levantamento de ativos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil. Depois de São Paulo, o Estado com mais grupos de pesquisa é o Rio de Janeiro (12% do total), seguido de Minas Gerais (10,3%), Rio Grande do Sul (9,7%), Paraná (8,2%), Bahia (4,8%), Santa Catarina (4,6%), Pernambuco (3,4%), Paraíba (2,4%) e Ceará (2,4%).

No Estado de hoje ("A invasão dos robôs", B7).

Publicidade

Siga este blog no Twitter e no Facebook.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.