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A polêmica das cotas na TV paga

Por Renato Cruz
Atualização:

É difícil encontrar quem goste do sistema de cotas para o conteúdo nacional contido na proposta que abre o mercado de TV a cabo para as concessionárias de telefonia local, o chamado projeto de lei 29, em discussão na Câmara. "Nunca vai haver consenso entre as empresas", afirmou ontem (7/6) o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), relator do projeto, que participou do evento Painel Telebrasil. "Meu compromisso é com a população."

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Segundo ele, a posição contrária às cotas reflete a posição de um grupo dominante. "Que se chama Organizações Globo", completou. O deputado disse que espera votar o projeto na próxima semana. "Eu sempre espero, toda semana." Na semana passada, a votação foi adiada a pedido do governo. Presente ao evento, o diretor da Central Globo de Engenharia, Fernando Bittencourt, preferiu não comentar o projeto: "O que eu posso dizer é que é uma ilusão pensar que o aumento da capilaridade vai ampliar a oferta de conteúdo".

O Grupo Bandeirantes também não está satisfeito com as cotas, mas pelo motivo contrário. "O projeto propõe uma mudança para daqui a quatro anos, o que pode consolidar uma situação nefasta", disse ontem Walter Vieira Ceneviva, vice-presidente-executivo do Grupo Bandeirantes, durante o Painel Telebrasil, na Bahia. Ele considera a proposta muito tímida quando ela oferece um período de quatro anos para que as companhias de TV paga distribuam pelo menos três canais nacionais que não sejam produzidos por empresas do mesmo grupo.

Mais informações no Estado de hoje ("Projeto de cotas em TV paga provoca polêmica").

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