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A reinvenção da Videolar

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

A Videolar, fabricante de CDs e DVDs, busca se reinventar. A crise da indústria do disco faz com que a empresa tenha de diversificar suas atividades. A empresa vai investir US$ 100 milhões em uma fábrica de polipropileno biorientado (Bopp), plástico usado em embalagens flexíveis, em Manaus. Esse plástico é usado, por exemplo, pela indústria alimentícia e para embalar os produtos da própria Videolar.

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"A queda nas vendas da mídia gravada está nos prejudicando na carne", afirmou o presidente da Videolar, Phillip Wojdylawski . "Um terço de nossos negócios está nesse mercado." O ano passado foi o único, em 20 anos de história, em que a companhia diminuiu. A receita líquida da Videolar caiu 11,8%, para R$ 1,016 bilhão. O lucro líquido diminuiu 73,1% , para R$ 23,6 milhões.

"Se estivéssemos endividados, teríamos quebrado", disse Lirio Parisotto, fundador da empresa e presidente do conselho. Em janeiro, ele deixou o comando da companhia, afastando-se das decisões do dia-a-dia. "Eu estava com pressão alta", explicou o executivo, de 54 anos. "Quando deixei a presidência, minha pressão voltou ao normal, sem precisar de remédio."

Parisotto criou a Videolar em 1988, em Caxias do Sul (RS). Antes disso, tinha uma loja de eletrônicos e videolocadora, chamada Audiolar. A Videolar foi pioneira em oferecer fabricação, gravação, tradução e legendagem de fitas VHS. Antes dela, esses serviços costumavam ser oferecidos por empresas diferentes. Seu primeiro cliente foi a CIC Vídeo, uma joint venture entre Paramount e Universal, que não existe mais.

A empresa conduziu bem a transição da mídia magnética (fitas cassete, VHS e disquetes) para a mídia óptica (CDs e DVDs). A fábrica de Bopp será instalada no lugar das linhas de produção de mídia magnética. "Vamos abastecer o estoque durante os próximos três meses e comercializaremos esses produtos enquanto alguém quiser comprar", disse Wojdyslawski. "Com certeza, o estoque vai durar até o fim do ano." Hoje, a linha de produtos magnéticos responde por menos de 1% do faturamento da empresa.

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Mais informações no Estado de hoje, 12/5 ("A empresa que se reinventou três vezes", p. B9).

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