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A televisão da Oi

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Por Renato Cruz
Atualização:

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vetou na segunda-feira a compra da Way TV, empresa de TV a cabo de Minas Gerais, pela Oi, antiga Telemar. A empresa decidiu recorrer. Ontem (20/3), durante o 9.º Encontro Tele.Síntese, o diretor de Regulamentação da Oi, Alain Riviere, criticou o Grupo Telmex/América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim Helú, dono da Claro, da Embratel e da Net.

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Riviere afirmou que a Oi solicitou à Embratel uma linha dedicada de Brasília a Manaus, e a empresa quis cobrar um preço especial, dez vezes maior que o normal. "Tem empresa que mantém um discurso a favor do compartilhamento de redes, mas na prática não é isso que acontece."

O executivo também disse que mandou uma carta à empresa solicitando uma cópia do contrato entre Embratel e Net para o Net Fone. "Não recebemos resposta." As regras do setor prevêem tratamento isonômico a clientes e, por isso, outras empresas teriam direito à parceria com a Net nas mesmas condições.

Riviere destacou que o grupo mexicano já possui seis redes na área de atuação da Telemar: a StarOne (satélite), a Claro (celular), a Vésper (telefonia fixa sem fio), o sistema WiMax (a Embratel é a única com licença nacional), a Net (cabo) e a própria Embratel (longa distância).

O consultor Mário Ripper, que foi diretor da Oi, apontou que a TV a cabo já se consolidou com a telefonia fixa. Ele destacou que a Embratel tem 70% do setor, com a Net e a Vivax, e a Telefônica pode ficar com 10%, com a TVA. "O que sobra? As empresas menores estão lutando para sobreviver."

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Mais informações no Estado de hoje, 21/3 ("Anatel tem de rever veto à TV, diz Oi", para assinantes, p. B19).

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