O historiador americano Robert Darnton escreve sobre o futuro das bibliotecas na New York Review of Books (em inglês). Ele faz um resumo interessante da evolução tecnológica na maneira com que tratamos a informação:
* A escrita foi criada por volta de 4000 a.C.; * O códice (livro manuscrito) levou mais 4.300 anos para surgir; * Do códice aos tipos móveis de Gutenberg foram 1.150 anos; * Dos tipos móveis à internet, 542 anos; * Da internet aos mecanismos de busca, 19 anos; * Dos mecanimos de busca ao algoritmo do Google, 7 anos.
Na visão dele, a informação nunca foi estável. Ele rebate a crítica de que a explosão da blogosfera criou um ambiente de difusão global de informações não-confiáveis. Como historiador (e ex-repórter), Darnton critica a confiabilidade da imprensa:
"Tendo aprendido a escrever notícias, eu desconfio dos jornais como fonte de informação, e muitas vezes me surpreendo com historiadores que os tomam como fontes primárias para saber o que realmente aconteceu."
O objetivo do ensaio é mostrar que um projeto como o Google Book Search não substitui as bibliotecas. Que, apesar de importante, ele nunca será tão abrangente quanto precisaria ser. E que as bibliotecas não devem passar a ser vistas como depósitos ou museus.
Darnton não escreve sobre isso, mas, na sexta-feira, a Microsoft anunciou o fim de seus projetos Live Search Books e Live Search Academic, concorrentes do Google Book Search e do Google Scholar.