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As lições dos Laboratórios Bell

Braço de pesquisa e desenvolvimento da AT&T inventou, no século passado, o mundo digital

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Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

No século passado, surgiram nos Laboratórios Bell invenções que mudaram o mundo, como o transistor e a fibra óptica, a telefonia celular e o satélite de comunicação, o laser e a célula solar de silício, o sistema operacional Unix e a linguagem de programação C.

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Jon Gertner, autor do livro The Idea Factory: Bell Labs and the Great Age of American Innovation, escreveu no New York Times sobre como eles conseguiram isso.

Mervin Kelly, presidente dos Bell Labs na década de 1950, defendia a necessidade não somente de atrair muitas pessoas talentosas, mas de aproximar talentos de áreas diferentes.

"Bem intencionalmente, os Laboratórios Bell colocavam pensadores e fazedores sob o mesmo teto", escreveu Gertner. Mesmo os teóricos tinham em vista que o conhecimento deveria ser transformado em novas coisas.

Sediados em Nova Jersey, os laboratórios pertenciam à AT&T quando a operadora era a monopolista das telecomunicações nos Estados Unidos. (Hoje são o braço de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de equipamentos Alcatel-Lucent.)

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Os escritórios regionais dos Bell Labs eram instalados nas fábricas da AT&T, para auxiliar essa transição. Segundo o autor, quando a manufatura passou a ser transferida para a Ásia, nos últimos 50 anos, essa proximidade entre a fábrica e a torre de marfim foi perdida.

Outros pontos importantes, destacados por Gertner, foram a liberdade e o tempo que tinham os pesquisadores dos laboratórios: "Muito tempo - anos para perseguir o que eles sentiam ser essencial".

O autor contrastou essa característica com a pressa de campeões do Vale do Silício, como Google e Facebook, que até hoje se beneficiam das invenções saídas dos Bell Labs.

Um dos lemas do Facebook é "mova-se rápido e quebre coisas", enquanto o Google já descreveu sua filosofia como a busca de um "evangelho da velocidade".

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