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Duelo de robôs

A MegaBots, dos Estados Unidos, desafiou a japonesa Suidobashi para um duelo de robôs gigantes, pilotados por pessoas

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Por Renato Cruz
Atualização:

Criado pela Suidobashi, o robô Kuratas vai enfrentar um rival americano Foto: Estadão

Robôs gigantes pilotados por humanos costumam ser chamados de "mechas". Existe todo um subgênero da ficção científica que trata desse tipo de máquina. A série japonesa de desenhos animados Gundam, que os mostra como armas de guerra, talvez seja o exemplo mais conhecido.

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No filme Aliens, Ellen Ripley usa um mecha de transporte de cargas para combater alienígenas e, em Avatar, os militares empregam um robô chamado Plataforma de Mobilidade Amplificada (AMP, na sigla em inglês) para enfrentar ambientes hostis, como o do satélite Pandora. Em Círculo de Fogo, mechas de diversas nacionalidades, com dois pilotos cada um, lutam contra monstros surgidos do fundo do Oceano Pacífico.

Essas máquinas já não são mais coisa de ficção científica. Se tudo correr bem, em um ano, veremos uma batalha internacional de dois robôs gigantes, um americano e outro japonês. A MegaBots, dos Estados Unidos, criou o Mark II, robô pilotado por duas pessoas, com duas pernas que terminam em esteiras e dois braços equipados com armas de paintball. Ele tem 4,5 metros de altura e pesa 5,5 toneladas.

No começo do mês, a MegaBots desafiou a japonesa Suidobashi Heavy Industries para um duelo. Criado pela Suidobashi, o robô Kuratas mede 4 metros e pesa 4,5 toneladas. Com quatro pernas que terminam em rodas, pode ser controlado por um piloto ou remotamente.

Na semana passada, a Suidobashi aceitou o duelo. Num vídeo publicado no YouTube, Kogoro Kurata, criador do robô japonês, propôs que, no lugar de armas, os mechas façam uma luta corpo a corpo: "Se vamos ganhar, eu quero socá-los até que virem sucata, e derrubá-los fazendo isso".

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Em tom crítico, ele classificou de "superamericana" a ideia de criar alguma coisa grande para depois enchê-la de armas. Kurata também deu a entender que o desafio mexeu com o orgulho nacional: "Não podemos deixar outro país vencer. Robôs gigantes são a cultura japonesa".

A luta será daqui um ano porque os robôs precisam ser preparados para a batalha. Em entrevista ao site Gizmodo, Clark Haynes, pesquisador da Universidade Carnegie Mellon, afirmou que talvez as pessoas fiquem desapontadas com a luta, que pode terminar em alguns segundos: "Robôs tendem a ser sistemas eletromecânicos extremamente complexos, e pontos únicos de falha podem tornar um robô inoperante muito rapidamente".

Olimpíadas de robôs já existem há algum tempo. Mas, até agora, eram lutas de máquinas pequenas, movidas por controle remoto. Além de tornar realidade o que só foi visto na ficção científica, o duelo de mechas pode ser importante para o desenvolvimento desse tipo de máquina. É só pensar no que as corridas de automóveis geraram de tecnologia para as montadoras de veículos.

Conexão

O Fleety, aplicativo que permite que as pessoas coloquem seus carros para alugar, desenvolveu um equipamento para transformar em inteligentes os automóveis que não saem com essa característica de fábrica.  O projeto surgiu para que os locatários pudessem destravar o veículo por aplicativo, sem ter de pegar as chaves com o locador. O equipamento também consegue registrar informações como consumo de combustível, trajeto e modo de condução. Recentemente, o Fleety recebeu investimento da Servix Informática.

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Usado

A Omni Financeira prepara o lançamento de um site de compra e venda de veículos com mais de 10 anos de fabricação, chamado Meu Usado Novo. Segundo Rodrigo Del Claro, gerente de marketing e inovação da Omni, existem mais de 5 milhões de carros nessa faixa a rodar no País.

Foto: Tnt1984 / Creative Commons

No Estado de hoje ("Duelo de robôs", B9).

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