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GVT chega a SP

Por Renato Cruz
Atualização:

"O cenário competitivo ficou mais complicado e mais desafiador para todos nós", afirmou Amos Genish, presidente da GVT, referindo-se aos grandes negócios anunciados esta semana no setor de telecomunicações. "Com este cenário, precisamos acelerar nossos planos de alcançar uma presença nacional."

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Controlada pela francesa Vivendi, a GVT tem planos ambiciosos. Semana passada, a empresa decidiu ampliar de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,5 bilhão seu plano de investimento do ano. Trata-se de um montante 128% maior que os R$ 658 milhões investidos no ano passado. A empresa está estreando em São Paulo e prepara o lançamento de sua TV paga.

A GVT nasceu como concorrente da Brasil Telecom, nas regiões Sul e Centro-Oeste. Em 2007, a companhia expandiu sua atuação para a área da Oi, empresa que absorveu a Brasil Telecom, e hoje está em Minas Gerais, Espírito Santo e Nordeste.

Amanhã, a empresa lança a campanha para divulgar sua chegada a Sorocaba e Jundiaí, no interior de São Paulo, como concorrente direta da Telefônica. "Chegaremos à capital durante 2011", afirmou Genish. "Estamos na fase de projetos. Já conseguimos algumas licenças para instalar a rede, mas teremos mais um ano de obras até que a infraestrutura seja suficiente para lançar os serviços."

Na quarta-feira, a Portugal Telecom anunciou a venda de sua fatia na Vivo para a Telefônica, por 7,5 bilhões de euros, e a compra de 22,4% da Oi, por 3,7 bilhões de euros. Com isso, essas rivais da GVT ficam mais fortes. A Telefônica integrará a Vivo à Telesp, concessionária de telefonia fixa de São Paulo, tornando-se o maior grupo de telecomunicações do País. E a Oi receberá um reforço de caixa e um sócio com experiência de operação.

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"O consumidor não vai escolher os produtos pelo tamanho da empresa", disse Genish. "Já nascemos numa área de concorrência e temos um modelo vencedor." A GVT investiu R$ 40 milhões para lançar nas duas cidades telefonia e banda larga com velocidade de até 100 megabits por segundo. A rede da GVT cobre 30% das cidades, e tem capacidade de 38 mil acessos de banda larga e de voz.

A Vivendi é dona da Universal Music, e a GVT quer tirar vantagem disso, para que seu serviço de banda larga não seja somente uma "conexão burra" (dumb pipe, em inglês). "Vamos lançar um serviço inovador em outubro", afirmou Genish. "Nosso cliente de banda larga terá acesso gratuito a áudio e vídeos, incluindo shows ao vivo."

A GVT planeja patrocinar dois shows de artistas da Universal no Brasil em 2011, um no fim de março no Rio e outro em setembro ou outubro em São Paulo, para comemorar a sua entrada na capital desses Estados. "Ainda não está fechado, mas queremos que o primeiro show seja com a Lady Gaga", disse. A chegada ao Estado do Rio deve ser ainda este ano, primeiro em Niterói.

Mais informações no Estado de hoje ("GVT estreia no mercado paulista com telefonia fixa e banda larga", p. B17).

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