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Hawking e a máquina do tempo

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Por Renato Cruz
Atualização:

O físico britânico Stephen Hawking escreve no Daily Mail (em inglês) que é possível criar uma máquina do tempo:

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"A viagem do tempo já foi considerada uma heresia científica. Eu costumava evitar falar sobre isso com medo de ser chamado de maluco. Mas, atualmente, deixei de ser tão cauteloso. Na verdade, sou mais parecido com as pessoas que construíram Stonehenge. Estou obcecado pelo tempo. Se eu tivesse uma máquina do tempo, visitaria Marilyn Monroe em seu auge ou estaria com Galileu quando ele apontasse seu telescópio para os céus. Talvez viajaria até para o fim do Universo para descobrir como toda essa história cósmica termina."

Apesar do início empolgante, Hawking acaba chegando à conclusão de que não é possível voltar no tempo. "Qualquer tipo de viagem no tempo ao passado, por meio de buracos-de-minhoca (atalhos no espaço-tempo) ou qualquer outro método, é provavelmente impossível, porque, se não for, ocorreriam paradoxos", explica Hawking.

Ele oferece como exemplo o "paradoxo do cientista louco", em que um cientista cria uma máquina, volta um minuto no tempo e dá um tiro mortal em seu "eu" do passado.  Isso cria uma contradição: se ele morreu há um minuto, quem foi o autor do tiro? "É o tipo de situação que causa pesadelos nos cosmólogos", escreve o físico britânico. "Esse tipo de máquina do tempo iria contra uma lei fundamental que governa todo o Universo - de que as causas acontecem antes dos efeitos, e nunca o contrário."

A luz viaja no espaço a 1.079.252.848,8 quilômetros por hora, e esse é o limite de velocidade para todas as coisas. Hawking propõe então, como máquina do tempo, uma nave espacial que consiga atingir 99% da velocidade da luz, o que equivale a 20 mil vezes a velocidade da Apollo 10, o veículo espacial tripulado mais rápido da história. Nessa velocidade, o tempo desacelera. Um dia a bordo de uma espaçonave a 99% da velocidade da luz seria equivalente a um ano na Terra.

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Esse tipo de máquina do tempo já era proposto pelo astrônomo Carl Sagan na série Cosmos, nos anos 1980, quando ele explicava a Teoria da Relatividade. Dave Goldberg, professor de Física da Universidade Drexel, tem outra visão sobre as viagens no tempo.

Foto: Nasa

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