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Menos risco na inovação

DuPont garante aumento de receita ao criar projetos de inovação a partir de demanda de clientes

Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

O processo de inovação gera certa incerteza. O objetivo é criar produtos e serviços que tragam resultado ou processos que tornem a empresa mais eficiente. Só que não existe garantia de sucesso. Quando não traz resultado, uma novidade não pode ser considerada inovação.

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Em tempos de crise, as empresas precisam, ao mesmo tempo, reduzir riscos e encontrar novas fontes de receita. Uma maneira de conseguir isso são projetos de inovação aberta, em que é possível, por exemplo, desenvolver produtos para atender demandas específicas de clientes.

Em 2012, a DuPont criou o Centro de Inovação Brasil, em Paulínia (SP), junto às suas operações de pesquisa e desenvolvimento brasileiras. Em três anos, o centro de inovação recebeu 788 empresas, e gerou 531 ideias que se transformaram em 91 projetos. Doze já são comerciais.

O centro funciona da seguinte forma: algum funcionário da DuPont - normalmente de vendas ou marketing - identifica a necessidade de um cliente.

A equipe do centro faz uma pesquisa para levantar possíveis soluções e, em seguida, marca uma reunião em que o cliente passa um dia no centro, discutindo possibilidades, que vão desde a adaptação de um produto existente até a definição de um novo projeto de pesquisa. Posteriormente, pesquisadores da DuPont trabalham para criar o produto definido na reunião.

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"As soluções desenvolvidas no centro e que já estão no mercado vão adicionar US$ 25 milhões ao nosso faturamento em 2015", afirmou Denise Pereira, líder do Centro de Inovação Brasil. Em quatro anos, os projetos em andamento têm o potencial de gerar até US$ 210 milhões em faturamento adicional para a empresa.

A DuPont consegue se aproveitar de oportunidades identificadas pelas equipes de vendas e marketing, que acabariam perdidas sem o centro. No mundo, a empresa tem 13 centros de inovação.

Entre os produtos que nasceram de projetos do centro de inovação estão um cárter (recipiente que armazena o óleo do motor do carro) fabricado a partir de compostos poliméricos (plásticos), com previsão de chegar ao mercado no fim do próximo ano.

No setor de alimentos, os projetos incluem novos materiais de embalagem para transporte de frutas e hortaliças, para aumentar a vida útil dos produtos, e técnicas para redução do teor de açúcar, sódio e gordura nos alimentos.

A colaboração com clientes é somente uma das formas da inovação aberta. Também é possível criar projetos com fornecedores, com empresas do mesmo setor, com universidades e institutos de pesquisa e até com um público mais amplo, com chamadas de projetos via internet.

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Projetos de inovação podem ser ferramentas para gerar novos negócios. Dá para ser inovador na crise e, ao mesmo tempo, reduzir riscos e gastos.

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Caminho

CityMapper é um aplicativo que sugere as melhores maneiras de se deslocar na cidade para quem não tem carro. Além do transporte público, dá as opções de ir a pé, de bicicleta ou táxi. Criado em Londres, ganhou recentemente uma versão São Paulo. "É importante adaptar o aplicativo à maneira como as pessoas usam o transporte público", explicou Damian Bown, diretor da CityMapper que já morou no Brasil. Para a versão São Paulo, a empresa teve, por exemplo, de descobrir se as pessoas viam o metrô e o trem de superfície como um único serviço ou não. A decisão foi mostrá-los como dois serviços separados.

Volta

Não é somente o botão "Iniciar" que volta no Windows 10. Com lançamento previsto para este ano, o sistema operacional deve trazer pré-instalado o jogo de cartas Solitário. No Windows 8, é preciso baixá-lo da internet.

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No Estado de hoje ("Menos risco na inovação", p. B9).

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