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O choque do velho

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Para o historiador inglês David Edgerton, as pessoas tendem a superestimar a importâncias das tecnologias mais recentes. Seu livro The Shock of the Old: Technology and Global History Since 1990 (Oxford) foi resenhado por Steven Shapin na revista New Yorker (em inglês):

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"Edgerton chama de 'futurismo' a tendência de superestimar o impacto de novas tecnologias. Poucas coisas, na verdade, são tão passé quanto futuros do passado. Em meados do século 20, foi prometido um mundo em que a energia nuclear ofereceria eletricidade 'barata demais para ser medida', eliminando a poluição, evitando crises de energia e reduzindo a pobreza global; as viagens aéreas civis hipersônicas transportariam todos nós ao redor do mundo em uma hora ou duas; seriam estabelecidas cidades não somente na lua, mas nos planetas; as armas nucleares acabariam com as guerras."

Acontece que as tecnologias mais antigas se tornam invisíveis, enquanto as mais novas ganham evidência. O motor elétrico está nos mais diversos aparelhos que usamos no dia-a-dia, mas nem nos lembramos. A resenha destaca a importância do transporte a cavalo na 2.ª Guerra. No entanto, as pessoas normalmente falam dos foguetes V2 e da bomba atômica quando tratam da tecnologia no período.

A Jorge Zahar Editor deve publicar uma versão em português do livro.

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