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O fim do papel

Por Renato Cruz
Atualização:

 Foto: Estadão

Já não existe mais sentido econômico em publicar jornal de papel. Esta é a visão de Walter Bender (foto), que por mais de 20 anos foi diretor do Grupo de Publicação Eletrônica do Media Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

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Atualmente, Bender é presidente de Software e Conteúdo da organização sem fins lucrativos Um Laptop Por Criança (OLPC, na sigla em inglês), que tem como objetivo levar computadores de baixo custo para estudantes de países em desenvolvimento. É deles o projeto do XO, também conhecido como laptop de US$ 100.

Ele conversou com este blog na quarta-feira (24/1), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Abaixo, trechos da entrevista:

O que o senhor acha da discussão sobre a morte do jornal?

Eu nunca disse que o jornal ia morrer. A notícia impressa pode morrer, mas não o jornal.

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Quanto tempo levaria?

Isto é totalmente determinado por fatores econômicos. Em um ponto ou outro, os custos -- do papel e da distribuição, das máquinas e da energia, das sobras e da reciclagem -- vão causar uma mudança. Eu não sei quando isso vai acontecer. Olhando estritamente os números, o ponto já passou. Publicar eletronicamente é muito mais barato. Nossa tela, por exemplo, já tem resolução melhor que o papel impresso, pode ser lida ao ar livre, como o jornal, e consome muito pouca energia. Acho que esta geração de crianças não irá ler o jornal impresso. Estão interessadas em notícias, mas não em papel.

Quando as pessoas poderão comprar um dispositivo de papel eletrônico flexível e acessível?

É só uma questão de fabricação, não é mais uma questão de invenção. A tecnologia existe. Não há nada que já não saibamos para fazer isso.

E por que não aconteceu ainda?

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Já aconteceu da perspectiva da tecnologia, mas não da perspectiva das empresas. Eu acho que em parte é por má administração.

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