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O tablet da Semp Toshiba

A Semp Toshiba anunciou ontem o lançamento de seu tablet, chamado myPad. O nome é muito parecido com o do concorrente? "A palavra "pad" não é de propriedade de ninguém", disse Caio Ortiz, vice-presidente de marketing e vendas da Semp Toshiba. "Temos o registro do nome. Esse é o myPad, meu e seu. O dos outros é dos outros."

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Por Renato Cruz
Atualização:

O aparelho da Semp Toshiba vem para disputar mercado com o iPad, da Apple. Essa semelhança do nome aconteceu em outros equipamentos, oferecidos em outros países. Na China, a Lenovo vende um tablet chamado LePad.

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O myPad tem tela de 10,1 polegadas, tamanho próximo do iPad e do Xoom, da Motorola. Outras opções no mercado, como o Galaxy Tab, da Samsung, e o V9, da ZTE, têm telas de 7 polegadas. Com exceção da Apple, que tem sistema operacional próprio, os tablets usam sistema operacional Android, do Google. O myPad está sendo lançado em duas versões, sem conexão de celular de terceira geração (3G), a R$ 1,4 mil, e com 3G, a R$ 1,7 mil.

Os tablets da Semp Toshiba, que usa a marca STI, são produzidos em Salvador. Essa categoria de produto ainda não recebe os benefícios tributários da Lei de Informática. O tablet não pode ser classificado como notebook, pelas regras do setor, porque não tem teclado. O governo vem falando que vai oferecer incentivos para os produtos fabricados localmente, mas até agora não tomou nenhuma medida.

Se o tablet recebesse os benefícios iguais aos do notebook, quanto cairia o preço? "Poderia ser 30% mais barato", disse Nelson Scarpin, diretor de vendas da Semp Toshiba. O governo tem falado em tablet de R$ 500. Na visão do executivo, seria possível alcançar esse preço dependendo da configuração mínima exigida.

"Estamos acompanhando a discussão do governo", afirmou Scarpin. "É preciso ter cuidado para não cair na mesma história do notebook de US$ 100, que ninguém viu." A concorrente Samsung também produz tablets no Brasil e, segundo o governo do Estado de São Paulo, a Foxconn planeja fabricar iPads e iPhones no Brasil até novembro.

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O myPad vem com a versão 2.2 do Android, conhecida como Froyo, que foi desenvolvida para celulares. O concorrente Xoom, da Motorola, já roda o Android 3.0, chamado de Honeycomb, criada especialmente para tablets.

Segundo a Semp Toshiba, o Honeycomb ainda está disponível para poucos fabricantes. Eles veem vantagem, no entanto, de lançar o primeiro produto com a versão anterior do Android. A primeira é a configuração mínima exigida pelo Honeycomb, maior do que o myPad que está chegando ao mercado, que elevaria o preço do produto. Outra é o fato de o Froyo ser uma versão mais estável, utilizada por muitos fabricantes.

O myPad não tem acesso à loja de aplicativos do Android. No lugar, a STI está colocando aplicativos numa loja própria. "O Google só permite que produtos que tenham voz com a versão 2.0 acessem a loja do Android", explicou Ortiz.

Mais informações no Estado de hoje ("Semp Toshiba entra na briga dos tablets", p. B18).

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