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Parceria com o Japão na TV digital

Por Renato Cruz
Atualização:

A TV digital, que estreou em dezembro na cidade de São Paulo, aproxima o Brasil e o Japão por meio da tecnologia. O sistema adotado aqui tem como base o padrão japonês, chamado ISDB-T. Foram incorporadas atualizações sugeridas por grupos de pesquisas brasileiros. Nos últimos meses, técnicos japoneses de empresas como a NEC e a Toshiba trabalharam nas emissoras paulistanas para colocar o sinal no ar.

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"A história e a cultura vivenciadas nos últimos 100 anos fizeram com que os brasileiros confiassem nos imigrantes e nos descendentes japoneses", afirmou Tomio Okamoto, gerente de Vendas Internacionais da NEC Corporation, no Japão. "A confiança se estende à tecnologia do Japão." A NEC formou uma equipe com seis engenheiros japoneses e quatro brasileiros para atender às emissoras brasileiras na transição do analógico para o digital.

"A adaptação do padrão japonês de TV digital pelo Brasil não é uma questão puramente técnica, na minha opinião", explicou Okamoto. "Acredito que isto pode levar a mais 100 anos de um relacionamento ainda mais próximo entre os dois países." O Brasil é o único país, até agora, a adotar o ISDB-T fora do Japão. O mercado japonês consome cerca de 10 milhões de televisores por ano, a mesma quantidade que o Brasil. A diferença é que lá são vendidos modelos mais caros e sofisticados.

O Brasil fez modificações no padrão japonês. A tecnologia de compressão de vídeo foi atualizada, trocando-se o chamado MPEG-2 pelo MPEG-4 (ou H.264). E foi criado localmente um software de interatividade, batizado de Ginga. "O bom é que Ginga em japonês também tem significado", disse Luiz Fernando Soares, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, e um dos criadores do software. "Quer dizer galáxia."

Mais informações no Estado de hoje, 21/1 ("TV digital aproxima países com tecnologia", para assinantes, p. H4).

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