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TV paga versus celulares

Por Renato Cruz
Atualização:
 Foto: Estadão

As empresas de TV paga e as operadoras celulares estão brigando por frequências. No centro da disputa, está uma proposta da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que reduz o espectro disponível para o MMDS (televisão por assinatura por micro-ondas). A agência propõe diminuir, até 2015, de 190 MHz para 50 MHz o espaço ocupado pelo MMDS na faixa de 2,5 GHz, destinando a diferença para o celular.

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"Com 50 MHz não se vai a lugar nenhum", afirmou o presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg. O executivo argumentou que, com 50 MHz, as empresas conseguiriam oferecer somente 50 canais de TV digital, sem alta definição, o que não seria competitivo nem com outras tecnologias de TV paga, como o cabo e o satélite. "Quem não oferece pacotes de vídeo, banda larga e telefonia está fora do mercado." O assunto será discutido durante o evento ABTA 2009, que começa hoje em São Paulo.

Por trás dessa briga, também existe uma competição entre tecnologias. As celulares planejam comprar essas frequências na faixa de 2,5 GHz para instalar a tecnologia Long Term Evolution (LTE), sucessora da terceira geração (3G). Na Europa, a faixa de 2,5 GHz foi destinada para o LTE e, seguindo essa decisão, o Brasil pode se beneficiar da diversidade de equipamentos, da economia de escala e, consequentemente, dos preços menores.

As empresas de MMDS, por outro lado, querem instalar nessa faixa a tecnologia WiMax, de banda larga sem fio, que permitiria a elas oferecer internet rápida e telefonia, juntamente com os pacotes de TV. Ao contrário do LTE, que ainda se encontra em testes fora do Brasil, o WiMax já é uma tecnologia comercial, apesar dos preços relativamente altos. Há três anos as empresas aguardam que a Anatel homologue os equipamentos de WiMax em 2,5 GHz, mas até agora isso não aconteceu.

Mais informações no Estado de hoje, 11/8 ("TV paga e celulares brigam por frequências", p. B16).

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