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Venda de celulares e exportação

O crescimento das vendas de celulares este ano tem surpreendido os fabricantes, a ponto de fazê-los deixar de exportar para que o mercado interno não fique desabastecido. Segundo estimativas das empresas, o mercado deve crescer cerca de 30% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2009.

Por Renato Cruz
Atualização:

"É uma situação que até dá medo, porque o carro está a 200 quilômetros por hora", disse Silvio Stagni, vice-presidente da Samsung. No ano passado, houve uma queda de 4% nas vendas, somando 46 milhões de unidades, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Foi a segunda queda da história no mercado doméstico de aparelhos móveis (a primeira foi em 1999) e a única redução de produção da indústria brasileira.

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Para este ano, a previsão da Abinee é de um crescimento de 9% das vendas, chegando a 50 milhões de aparelhos. As exportações, que haviam caído 34% em 2009, devem ficar estagnadas este ano, em 16 milhões de unidades. "O mercado está mais aquecido do que imaginávamos", afirmou Luiz Cláudio Carneiro, diretor da Abinee.

Ele destacou que a queda nas exportações tem dois motivos: o aumento da demanda interna e as expectativas não concretizadas nas exportações.

No ano passado, o Brasil enfrentou uma onda de protecionismo na Argentina, Venezuela e Equador, que barraram o celular brasileiro. Os fabricantes brasileiros esperavam uma melhora este ano na Venezuela e no Equador, que acabou não se concretizando. Na Argentina, essa melhora não veio e nem virá. "A maioria dos grandes fabricantes já está com operações na Argentina", explicou Carneiro.

Mais informações no Estado de hoje ("Explosão de vendas de celulares leva fabricantes a reduzir exportações", p. B14).

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