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Por dentro das inovações em serviços financeiros

A explosão de Fintech na Malásia

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Por Guilherme Horn
Atualização:
 

Em viagem pelo sudeste asiático, fiquei surpreso com o crescimento do segmento de Fintech aqui na Malásia. Há dois anos atrás, quando o regulador local aprovou uma nova regulamentação sobre crowdfunding, apenas seis startups se habilitaram. Estima-se que havia cerca de 30 fintechs no país.

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Atualmente, são 88 empresas, sendo 30% delas concentradas em Pagamentos e Wallets (Carteiras Virtuais). Do total, 5% já estão credenciadas para participar do Sandbox, o ambiente disponibilizado pelo BNM (Bank Negara Malasya), o Banco Central da Malásia, em outubro do ano passado, inspirado em Singapura, Australis e Reino Unido. Neste ambiente, fintechs e instituições financeiras podem testar suas inovações com uma regulamentação bem flexível. Elas podem captar clientes e oferecer seus produtos e serviços, por um tempo limitado, enquanto o regulador fica de olho para avaliar benefícios e riscos. No Reino Unido, o primeiro lugar onde foi implementado, o Sandbox já serviu de base para uma série de novas regulamentações.

Segundo o portal local TechBullion, uma referência no país, até 2021 o segmento de Fintech na Malásia deverá estar transacionando cerca de 15 bilhões de dólares. Uma característica das startups locais influencia fortemente estes números: o fato de que 75% das fintechs são prestadoras de serviços para Instituições Financeiras. Os serviços prestados pelos bancos oferecem tanta oportunidade de melhoria na experiência do usuário que as fintehcs preferiram atuar no b2b, em colaboração com os bancos, ao invés de competir com eles. Assim, elas estão mudando a vida das pessoas, sem ter que fazê-las migrar de uma provedor para outro. Uma mostra de que o mercado local está tirando proveito do fato de estar atrás de outros mercados próximos, como o de Singapura, o que lhe permite aprender com os acertos e erros de outras nações do sudeste asiático. Uma agradável surpresa!

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