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Por dentro das inovações em serviços financeiros

O cartão de crédito do futuro

Por Guilherme Horn
Atualização:
 

Temos assistido a uma grande transformação na forma como fazemos pagamentos. O cartão de crédito é uma modalidade bastante antiga, que sofrerá mudanças profundas nos próximos anos. Há várias previsões e possibilidades: carteiras virtuais, cartões com numeração dinâmica, uso de biometria, entre outras.

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Os grandes participantes deste mercado estão atentos e tentam ditar o caminho das transformações. A VISA abriu recentemente um site para desenvolvedores, com o objetivo de trazer para o seu ambiente as inovações vindas das startups da área, oferecendo acesso fácil aos seus processos e sistemas. Ao invés de longos contratos, com garantias, sigilos e etc, um simples formulário de cadastro e, pronto, o desenvolvedor já estará apto a fazer uso de uma biblioteca de sistemas, que lhe permitirão integrar seus produtos aos serviços da VISA.

Em recente entrevista ao site Quartz, o chefe de Inovação da VISA, Jim McCarthy, apontou algumas das iniciativas que estão em desenvolvimento. Um delas é a parceria com a Morpho, empresa indiana líder em acesso biométrico. O protótipo desenvolvido escaneia a mão do usuário e a associa ao número do cartão de crédito. Assim, quando o cliente está num estabelecimento e quer fazer o pagamento, basta deslizar sua mão por cima de uma máquina, que ele é imediatamente identificado e o pagamento, processado.

Outra inovação é o pré-saque em caixa automático. O cliente informa, através de um aplicativo no celular, quanto ele quer sacar num caixa automático e, ao se aproximar dele, um leitor reconhece sua íris e disponibiliza o dinheiro, sem que o cliente precise digitar absolutamente nada, nem inserir o seu cartão.

No Mobile World Congress, em Barcelona, a VISA, junto com a Accenture, apresentou o carro conectado, que é capaz de processar pagamentos através do sistema em seu painel. Ele identifica, por exemplo, quantos litros de combustível o carro precisa para encher o tanque e, ao chegar no posto, o sistema pergunta ao cliente se ele autoriza o pagamento. Após a autorização, a bomba de combustível é liberada, com a quantidade paga. O mesmo pode acontecer com comida, farmácia e diversos outros estabelecimentos.

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Outra vertente são os pagamentos feitos com o uso de Inteligência Artificial, que poderão usar dispositivos como o Amazon Echo, Siri da Apple, Google Now e, por que não, Facebook. A VISA vê possíveis integrações com estas empresas para que o usuário consiga fazer compras com um simples comando de voz, sem sair do lugar em que está.

Como vocês podem ver, assistiremos nos próximos anos transformações interessantes nesta área, que vão gerar mudanças comportamentais relevantes, com impactos desconhecidos. Será que estas facilidades de pagamento poderão levar, por exemplo, a um aumento no consumo? Que oportunidades de negócio se abrirão a partir destes novos comportamentos? São perguntas que só poderemos responder com o tempo.

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