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Por dentro das inovações em serviços financeiros

O que os bancos podem aprender com o Pokémon Go

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Por Guilherme Horn
Atualização:
 

O jogo virtual Pokémon GO, que virou febre no mundo digital nos últimos dias tem muito a ensinar aos bancos. Você pode até não saber exatamente o que é, mas pelo menos deve ter ouvido falar no Pokémon GO. Pois ele é um jogo gratuito, criado pela Niantic Labs, empresa fundada pelo Google e pela Nintendo, que usa realidade aumentada. Isto significa que ele usa a câmera do celular e a sua geo-localização (GPS) para que o usuário saia andando pela cidade e encontrando os pokémons (do inglês pocket monsters).

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Ainda não lançado no Brasil, o joguinho já alcançou nos EUA números incríveis! Já são cerca de 10 milhões de usuários, um recorde para qualquer aplicativo com cerca de 10 dias de vida. Além disso, o tempo gasto diariamente por seus usuários também supera o dos aplicativos mais usados no mundo, como WhatsApp, Instagram e Snapchat. Enquanto no WhatsApp os usuários gastam em média 30:27 minutos por dia, o jogo dos monstrinhos prende seus caçadores por 43:23 minutos diários, segundo a Similar Web.

Talvez o grande mérito do Pokémon seja o de trazer a tecnologia da realidade aumentada para o grande público, tornando o que era de nicho algo popular e acessível a todos os usuários, com benefícios claros e tangíveis (neste caso, diversão e socialização). Isto abre o campo para a utilização menos tímida da tecnologia em vários setores, entre eles serviços financeiros.

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Alguns bancos já usaram a realidade aumentada em experiências de alcance limitado, como o US Bank, nos EUA, e o CommonWealth Bank, na Australia. No primeiro caso, o aplicativo permite que o usuário encontre as agências do banco e as ATMs (caixas eletrônicos), com base na localização do usuário, identificada automaticamente pelo GPS do celular. Basta ele acionar a câmera, para que o sistema mostre as agências e os caixas, indicando quais estão abertos naquele momento, que operações estão disponíveis (por exemplo, saques, depósitos, pagamentos) e como fazer para chegar até lá.

No caso australiano, o banco utiliza a realidade aumentada para oferecer financiamento de imóveis. O usuário passa em frente a uma casa, aponta a sua câmera e imediatamente vêm na tela os preços de casas similares na redondeza, com a sua localização exata e ainda algumas fotos. O banco conta com uma rede de parceiros (imobiliárias) para conseguir tais informações. Se o usuário demonstra interesse em algum imóvel, o aplicativo passa a lhe oferecer alternativas de financiamento, já levando em consideração o seu perfil e a sua situação financeira.

Isto pode nos dar uma breve ideia do que será a indústria de serviços financeiros nos próximos 10 anos. Áreas como investimentos, pagamentos e crédito, estão dentre as que mais verão oportunidades de aplicação da tecnologia de realidade aumentada. É esperar para ver!

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