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Por dentro das inovações em serviços financeiros

Um aplicativo de mensagens ameaçando grandes bancos

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Por Guilherme Horn
Atualização:
 

Hoje vou falar sobre o WeChat, um aplicativo que nasceu para concorrer com o WhatsApp, Kik e Viber e hoje rouba clientes dos bancos chineses.

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O WeChat pode ser baixado no Brasil e usado como um simples sistema de comunicação, para trocar mensagens ou fazer chamadas de voz com ou sem vídeo. Porém, na China, seu país de origem, ele é muito mais do que isso. Ele é uma poderosa ferramenta para fazer pagamentos, transferência de dinheiro e até aplicações em fundos ou renda fixa.

No mundo, o WeChat tem mais de 600 milhões de usuários, sendo que cerca de 70% deles estão na China e usam ativamente seus serviços financeiros. Isto significa que ele tem mais clientes de serviços financeiros do que todos os bancos brasileiros juntos.

Mas qual o segredo do WeChat para ter atingido este volume? São vários os fatores que o levaram a este sucesso. A criação de um login, por exemplo, exige apenas uma conta do QQ.com, o maior portal da China, que possui centenas de milhões de usuários chineses, que o utilizam com frequência. Porém, a partir do lançamento dos serviços financeiros, em 2013, é que ele ganhou uma relevância ainda maior. Porque passou a oferecer uma experiência de serviços financeiros desprovida de fricção (como nos pagamentos automágicos). O usuário consegue, por exemplo, transferir dinheiro como se estivesse mandando uma mensagem a um amigo, o que a maioria dos usuários digitais faz atualmente dezenas de vezes ao longo do dia. Isto representa integrar transações financeiras ao seu dia a dia. E a oferta de serviços não para de crescer. Atualmente, já é possível pedir um táxi pelo WeChat, comprar produtos em sites de ecommerce, e até rodar outros apps dentro do próprio aplicativo.

O desafio do WeChat agora está no projeto já iniciado de internacionalização. Precisaremos de alguns anos para saber se isso dará certo.

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