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Inovação e tecnologia no mundo das startups

Sheryl Sandberg e Beyoncé lançam campanha pelo fim do uso da palavra mandona

Por Ligia Aguilhar
Atualização:

Quantas vezes você já não ouviu uma mulher em um cargo de liderança ser chamada de mandona ao assumir uma postura mais dura? Quantas vezes você já viu o mesmo acontecer com um homem em igual posição?

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Esse é o mote da campanha que a chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, lançou nesta segunda, 10, em comemoração ao aniversário de um ano da publicação do seu livro Faça Acontecer. A campanha Ban Bossy (algo como "Não use mandona", em português) quer acabar com os estereótipos e o uso de palavras negativas como mandona diante de alguma situação em que uma mulher assuma a dianteira de um grupo, especialmente durante a infância.

"Quando um garoto se afirma, ele é chamado de líder. Quando uma garota faz a mesma coisa, é chamada de mandona", diz o site da campanha. "Palavras como mandona enviam uma mensagem: não levante sua mão ou fale. No ensino médio, as garotas são menos interessadas em liderar do que os garotos, uma tendência que continua na idade adulta."

O site ainda conta com cartilhas informativas específicas para diferentes grupos: garotas, pais, professores e chefes, com conteúdo que estimula as garotas a não se intimidarem e assumirem posições de liderança. As cartilhas também ensinam chefes e professores a desenvolver um relacionamento melhor com as mulheres e a estimular o desenvolvimento das suas habilidades de liderança.

A principal garota-propaganda da campanha é cantora Beyoncé, que em vídeo declara: "I'm not bossy, I'm the boss" ("Eu não sou mandona, eu sou quem manda", em português). Também participam do projeto outras mulheres de destaque, como a atriz Jennifer Garner, a ex-secretária de Estado dos EUA,Condoleeza Rice, e a estilista e ex-princesa Diane von Furstenberg.

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O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, declarou apoio à campanha em sua página na sua página no Facebook. "Estou orgulhoso do trabalho da Sheryl e da Leanin.Org (Ong criada por Sheryl como desdobramento do seu livro) para fortalecer a liderança feminina. O mundo precisa de mais mulheres na liderança e nosso futuro depende de toda garota estar apta a alcançar seu potencial máximo", declarou.

Por que estamos falando sobre essa campanha no Start? Porque o setor de tecnologia é um dos que mais sofre com preconceito e escassez de mulheres. Há algumas semanas perguntei aqui no blog se existia preconceito no mercado brasileiro de startups contra mulheres empreendedoras. As respostas não foram nada animadoras. Algumas empreendedoras reclamaram da falta de exemplos femininos, de serem taxadas de inflexíveis ou agressivas ao esboçarem qualquer reação mais firme e das dificuldades de assumirem múltiplas tarefas enquanto homens, na mesma posição, não enfrentam ou mesmo tipo de cobrança.

Basta uma passada rápida por um evento de startups para ver como o número de homens excede e muito o de mulheres. Se as mulheres forem estimuladas a assumirem mais posições de liderança, certamente teremos no futuro também mais empreendedoras.

Confira o vídeo da campanha:

//www.youtube.com/embed/6dynbzMlCcw

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