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Inovação e tecnologia no mundo das startups

Turma 3 do Start-Up Brasil evidencia mudanças e evolução do processo seletivo do programa

Confira o perfil da Turma 3 do programa e o que isso quer dizer sobre a evolução do Start-Up Brasil

Por Ligia Aguilhar
Atualização:
 

O programa Start-Up Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realiza hoje o evento Welcome Aboard, para apresentar as startups selecionadas para a Turma 3 que efetivamente vão participar do programa (ou seja, fecharam contrato com uma aceleradora participante do Start-Up Brasil, requisito essencial para integrar a iniciativa e que não é garantido quando a empresa é aprovada no programa. Após a seleção, cada startup tem 60 dias para se entender com uma aceleradora e confirmar sua adesão ao programa).

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Das 52 startups anunciadas em setembro, 46 vão efetivamente participar da iniciativa.

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O MCTI antecipou ao Start uma lista com o perfil das empresas participantes da Turma 3 do programa. Organizamos esses dados em gráficos e comparamos com os dados das turmas anteriores do programa. Essas informações permitiram algumas conclusões sobre a evolução dos critérios de seleção do programa e do perfil das startups participantes. Confira abaixo os gráficos e alguns insights sobre o Start-Up Brasil:

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Impressões

- O número de startups participantes caiu. Na primeira turma, foram 56, na segunda, 62, e, na terceira, 46. Das duas primeiras turmas para a terceira, houve mudança nas regras do edital. No edital do primeiro ano, que ditou as regras para as duas primeiras turmas, empresas que já haviam passado por processo de aceleração com alguma aceleradora do programa, mas tivessem sido aprovadas no Start-Up Brasil, podiam participar do programa. Isso deixou de ser permitido no segundo edital para startups, lançado em maio de 2014 e que determinou as regras para a Turma 3. Nem sempre as aceleradoras do programa mostram disposição para negociar com as startups aprovadas e alguns empreendedores desistem do programa por não concordar com o contrato oferecido pelas aceleradoras, o que faz a taxa de quebra do programa girar em torno de 20% a 25%. A redução do número de startups conhecidas pelas aceleradoras pode ter influenciado na redução do número de participantes.

- A região Norte continua tendo expressividade quase nula no programa. Até agora, uma única startup do PA participou da turma 2. O sudeste continua sendo líder absoluto de startups participantes do programa.

- Assim como no mercado de tecnologia em geral, a participação de mulheres no programa Start-Up Brasil ainda é pequena. Em todas as turmas, elas são pouco mais de 10% dos participantes. O número de mulheres caiu ainda mais na turma 3, para 10,8%. Nas turmas anteriores, as mulheres eram 12,36% (turma 1) e 13,1% (turma 2)

- O Start-Up Brasil claramente passou a selecionar startups mais maduras. Nas duas primeiras turmas do programa, as startups em estágio de conceito e desenvolvimento eram 17,86% (turma 1) e 11,29% (turma 2) do total de participantes. Na terceira turma, esse número caiu para 2,4%. Já o índice de startups em estágio de produção subiu 41,07% (turma 1) para 64,3% (turma 3)

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- Varejo, logística e mídia e comunicação são as áreas com mais startups na turma 3. Nas turmas anteriores, outros setores despontaram, como moda e beleza. Negócios na área de varejo, porém, estão sempre entre os mais numerosos do programa.

Confira o balanço dos resultados do primeiro ano do programa Start-Up Brasil. O Start-Up Brasil é uma iniciativa do MCTI com gestão operacional da Softex e parceria com a Apex-Brasil e o CNPq.

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