A Amazon pode abrir até 400 livrarias físicas, disse na terça-feira, 2, um administrador de redes de shoppping centers. Em novembro, a rede abriu sua primeira loja física em Seattle, sua terra natal – no que pareceu à época ter sido uma jogada de marketing, e não exatamente um plano de negócios. Abrir uma série de livrarias seria uma surpresa para uma empresa que nasceu no mundo virtual e cuja competitividade fez vários vendedores de livros tradicionais irem à falência.
“O objetivo da Amazon é, pelo menos no que eu entendi, abrir entre 300 e 400 lojas físicas”, disse Sandeep Mathrani, executivo-chefe da General Growh Properties, rede que adminstra shopping centers em todos os Estados Unidos. A frase foi dita em uma reunião para investidores da empresa.
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Na conferência, Matharni comparou os planos da Amazon ao de empresas como a varejista de óculos Warby Parker ou a loja de roupas masculinas Bonobos, que também abriram lojas físicas após encontrar o sucesso nas redes.
Procurada, a Amazon preferiu não comentar “rumores e especulações”. Kevin Berry, vice-presidente de relação com investidores da General Growth Properties, declinou a comentar o que foi dito durante a conferência.
Antes de se tornar uma marca que oferece de tudo – de vegetais frescos até programação original de TV, a Amazon começou seu caminho vendendo livros, há duas décadas. A empresa também revolucionou a indústria editorial ao lançar seu popular e-reader, o Kindle.
Aberta em novembro, a loja da Amazon em Seattle tem em suas prateleiras uma seleção de livros baseada na avaliação e na popularidade dos itens no site da Amazon. Além disso, a loja tem espaço para testes de dispositivos da Amazon, como o Kindle e a central de mídia Fire TV.
Qualquer movimentação da Amazon para expandir suas operações no mundo físico antagonizaria com rivais de longo tempo como a Barnes & Noble, que operava até 640 lojas em janeiro nos Estados Unidos.
/ REUTERS