‘Bots’ estão atrás de aplicativos, diz Google

Para diretor da loja de aplicativos Google Play, novos assistentes estão mais populares, mas ainda oferecem funções mais básicas que as dos apps

PUBLICIDADE

Por Bruno Capelas
Atualização:
É difícil competir com os apps, diz Bennett Foto: Marcio Fernandes|Estadão

Uma das grandes tendências da tecnologia em 2016 é o uso de ‘bots’ – nome dado aos assistentes pessoais que operam dentro de aplicativos de mensagens. São sistemas que permitem executar, a partir de um bate-papo, tarefas como um pedido de pizza ou solicitação da segunda via da conta. Como essas funções, até agora, exigiam aplicativos distintos, há quem pense que os bots possam fazer as pessoas abandonarem os aplicativos. Para Mark Bennett, diretor internacional da loja de aplicativos do Google, a Play Store, isso não deve acontecer por enquanto.

PUBLICIDADE

“Os bots são ótimos para serviços simples, como mandar flores a alguém”, acredita Bennett. “Mas as pessoas por vezes precisam de operações e interações mais sofisticadas, só possíveis em aplicativos”, diz o executivo. Para o britânico, os bots são apenas uma entre as formas para os desenvolvedores oferecerem seus serviços. 

Comunidade. Bennett, que trabalha no escritório do Google em Londres, veio a São Paulo participar do Playtime Latam, evento da empresa realizado ontem que recebeu mais de 200 desenvolvedores de aplicativos e jogos da América Latina na Casa das Caldeiras, na zona oeste da capital paulista. Durante o evento, desenvolvedores brasileiros mostraram seus serviços, como o aplicativo de conteúdo infantil Playkids.

Um dos desafios de Bennett é incentivar a comunidade a continuar criando programas, além de ensinar como eles podem se destacar num universo mais competitivo. 

Segundo dados do Google, hoje há mais de 1 milhão de aplicativos e jogos (entre pagos e gratuitos) disponíveis na loja. Em 2015, esse conjunto de apps foi baixado mais de 65 bilhões de vezes no mundo. No total, o Google pagou US$ 7 bilhões aos desenvolvedores entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015. 

“É difícil se destacar porque há muitos desenvolvedores no mundo. O segredo é pensar em um bom design e na experiência do usuário”, diz Bennett. Segundo ele, o jogo Pokémon Go, apesar de simples, fez sucesso porque “era muito bem desenhado para os celulares, desde sua concepção”. 

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.