Brasil perde 8 milhões de linhas de celular em 2017, diz Anatel

Queda foi motivada, mais uma vez, por redução no número de linhas pré-pagas, graças à popularização de aplicativos de mensagem, crise econômica e fim do efeito clube

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Por Redação Link
Atualização:
Queda foi motivada por corte de 16 milhões de linhas pré-pagas ao longo do ano passado Foto: Gabriela Biló/Estadão

A base de telefonia móvel ativas no Brasil perdeu 8 milhões de linhas em 2017, recuando 3,11%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgados nesta quarta-feira, 31. Ao todo, o Brasil tem hoje 236,5 milhões de contas de celular ativas.

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A queda foi puxada pelo corte de linhas pré-pagas, graças à popularização de aplicativos de mensagem, crise econômica e fim do chamado efeito clube, quando os usuários possuíam mais de um chip, de diferentes operadoras, para aproveitar promoções para falar com seus contatos. A base de linhas pré-pagas recuou 9,83% em 2017, enquanto as linhas pós-pagas cresceram 10,85%. 

No ano passado, foram desligadas um total de 16,19 milhões de linhas pré-pagas, sendo 3,58 milhões somente no mês de dezembro – isso acontece porque as operadoras verificam as linhas que ainda estão sendo utilizadas, antes de pagar a taxa do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) para o ano seguinte. 

Enquanto isso, foram adicionadas no ano passado 8,6 milhões de linhas pós-pagas, sendo 979,6 mil linhas em dezembro.

Competição. As empresas de telefonia adotaram nos últimos anos uma política de focar nas linhas pós-pagas, que são mais rentáveis, e de retirar os números pré-pagos inativos.

A Telefônica, que opera sob a marca Vivo, manteve a liderança no mercado de telefonia móvel com 74,94 milhões de linhas ativas no final de 2017, alta de 1,57% sobre 2016.

A Claro assumiu a segunda posição, com 59 milhões de linhas móveis ativas, seguida pela TIM, com 58,6 milhões de linhas. A inversão de posição no ranking ocorreu porque a TIM perdeu 7,54% das linhas no ano passado, enquanto a Claro perdeu 1,91%, segundo os dados na Anatel.

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A Oi, que está em recuperação judicial, foi a operadora que registrou o maior recuo percentual na sua base de clientes, de 7,58%, mas manteve a sua quarta posição no mercado, com 38,94 milhões de linhas ativas. / COM REUTERS

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