Cidades brasileiras ganham nomes de site personalizados; conheça

Iniciativa do NIC.br começou em junho deste ano e já tem mais de 12 mil sites registrados; municípios ganham domínios como 'bsb.br', 'poa.br', 'floripa.br' e 'jampa.br'

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Agora será possível registrar um site sob o domínio "sampa.br". Foto: Reuters

Já pensou em registrar um site com o nome da sua cidade? Desde o início de junho, essa é uma prática possível no Brasil: o Registro.br, serviço ligado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) liberou a possibilidade de criação de sites identificados com cidades e regiões metropolitanas pelo País. 

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Hoje, 11 cidades já têm seus domínios personalizados – quem quiser ter um site para um negócio local em João Pessoa, por exemplo, pode usar o domínio “jampa.br”. O mesmo vale para capitais como Porto Alegre – “poa.br” –, Florianópolis – “floripa.br” – e Vitória – “vix.br”. Segundo dados do NIC.br, mais de 12 mil sites identificados com as suas cidades foram registrados no País desde o início de junho – a liderança fica com a capital gaúcha, com 3.091 endereços próprios, seguida de perto por Florianópolis, com 2.787.

Na última quinta-feira, 13, foi a vez de Brasília (“bsb.br”) ir ao ar: em menos de duas horas, mais de 1,6 mil domínios personalizados para a capital federal foram registrados no País. Até o dia 7 de agosto, 18 cidades terão seus domínios – Maceió, por exemplo, começará na segunda-feira, 17. O Rio de Janeiro, por sua vez, receberá o domínio “rio.br”. 

Hoje, o Brasil tem ao todo 3,92 milhões de endereços registrados sob o domínio .br. “Para prover opções a quem queira adicionar localidade ao seu endereço de domínio, criou-se a campanha das ‘cidades.br’, que tem o objetivo de proporcionar alternativas para o registro”, diz Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br, em entrevista ao Estado. 

Segundo ele, qualquer pessoa física ou jurídica pode registrar um domínio no País – o custo de manutenção do endereço é de R$ 40 ao ano. Entre as possibilidades de registro, estão a de sites voltados para negócios locais, iniciativas populares ou de “ligação do sítio e do usuário com a sua cidade natal ou adotiva”, como diz Getschko. 

Votação. O processo de escolha do nome de domínio das cidades é por votação popular: desde o início da campanha Cidades.br, o NIC.br disse já ter recebido mais de 7,9 mil contribuições. Para São Paulo, por exemplo, “sampa.br” lidera a preferência popular, seguida por “saopaulo.br” e “spo.br”. 

Em Belo Horizonte, a disputa está acirrada entre “beaga.br” e “bhz.br” – em terceiro lugar, aparece um simpático “uai.br”. Há quem aposte em sugestões menos ortodoxas – e pouco populares – para identificar a capital mineira como “trem.br” ou “paodequeijo.br”. Outras propostas divertidas são “cidademorena.br”, para Campo Grande (MS) ou, ainda “ilhadoamor.br”, para São Luís (MA). 

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Para Rubens Kuhl, gerente de produtos do NIC.br, a campanha também pode ajudar negócios locais a terem uma base fixa na internet – nos últimos anos, diversos negócios locais optaram por ter perfis em redes sociais ao invés de abrir um site. “Um problema dessa estratégia é ficar vulnerável às mudanças na rede social, bem como a dinâmica de popularidade: a rede que é popular hoje pode deixar de ser relevante amanhã.”

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