Google lança no Brasil projeto para acelerar navegação em smartphones

Projeto AMP, que começa a funcionar hoje no País em parceria com sites de notícias, torna páginas de web mais leves

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Por Thiago Sawada
Atualização:

TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

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O Google anunciou nesta quarta-feira, 24, o lançamento do projeto Accelerated Mobile Pages (AMP) no Brasil. A nova tecnologia, que tem o Estado como um dos primeiros parceiros da companhia no País, acelera o carregamento de páginas de sites de notícias em smartphones. A partir de hoje, quem fizer buscas por meio da versão móvel do Google verá notícias relacionadas ao termo – de sites que já participam do projeto AMP – em destaque no início da página de resultados. Ao acessar o link correspondente, a página será carregada em menos de um segundo.

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Segundo o Google, o objetivo do projeto AMP é melhorar a experiência dos usuários que acessam sites de notícias em dispositivos móveis. No total, mais da metade das buscas realizadas no site em todo o mundo são feitas por meio de smartphones e tablets. Para participar, os sites precisam ajustar todo seu conteúdo ao novo formato por meio de uma alteração no código da página; no Estado, a mudança levou duas semanas para ser concluída. No futuro, o Google deve ampliar a iniciativa para sites de receitas e de avaliações de restaurantes.

Os sites que adotam o AMP carregam as páginas mais rápido, porque a nova tecnologia simplifica a programação da página de web, sem eliminar conteúdos multimídia, como vídeos, infográficos, galerias de fotos e mapas. Isso permite que as páginas sejam carregadas pela versão móvel do navegador com maior rapidez; além disso, o consumo do plano de dados de banda larga móvel é reduzido, o que beneficia os internautas.

O lançamento do projeto AMP terá impacto nos resultados de busca do Google. Atualmente, o algoritmo de pesquisa já considera se um site possui versão amigável para dispositivos móveis ao decidir sua posição entre os resultados. Agora, a ferramenta também vai considerar, no caso de sites de notícias, se as páginas também possuem versão AMP. Com isso, veículos que não adotarem o novo formato devem aparecer em posição inferior entre os resultados de busca.

Por enquanto restrita a smartphones com qualquer sistema operacional, a funcionalidade também deve ser lançada em breve para tablets. Além de permitir a visualização mais rápida de notícias acessadas por meio do Google, o projeto AMP será adotado também como padrão por outros sites. Segundo o Google, redes sociais como Twitter, Pinterest e LinkedIn e o serviço de blogs WordPress também planejam adotar a tecnologia em breve. Isso significa que, ao acessar links para notícias a partir desses sites, o usuário será redirecionado à versão AMP do site.

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Ecossistema. O projeto AMP nasceu a partir de uma parceria do Google com outras empresas de tecnologia, interessadas em tornar as páginas de web mais rápidas. A iniciativa só foi anunciada oficialmente em outubro de 2015, quando o Google liberou uma versão de testes da tecnologia, que passou a ser adotada por alguns sites de notícias em todo o mundo. A parceria com as empresas jornalísticas, segundo o Google, é fundamental para o projeto AMP. “Sem um ecossistema rico de produtores de conteúdo, a internet não faz sentido”, diz o gerente de parcerias do Google, Newton Neto.

O projeto AMP tem objetivos similares aos do recurso Instant Articles, desenvolvido pelo Facebook. Contudo, o recurso do Facebook está restrito à rede social. Por meio do novo recurso, que também tem o Estado como parceiro, sites de notícias publicam notícias diretamente por meio da plataforma; as notícias são carregadas mais rapidamente e em um formato desenvolvido especificamente para dispositivos móveis. O Instant Articles chegou ao Brasil em dezembro de 2015.

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