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Inspirado em Pokémon Go, biólogo cria pokémons brasileiros

Afastado do trabalho por motivos de saúde, Fabio Meirelles criou “monstrinhos” que lembram animais brasileiros e lendas folclóricas

Foto do author Matheus Mans
Por Matheus Mans
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Novos pokémons não oficiais estão nascendo no Brasil, mais precisamente na região da Zona Leste da cidade de São Paulo. O responsável pelos novos monstrinhos é o paulistano Fabio Meireles, biólogo de formação. Ele trabalhava como operador de caixa de um banco, mas teve de se afastar por problemas de saúde há seis meses. Desde então, o jovem, de 27 anos, já criou mais de 140 pokémons tupiniquins, como tamanduás, lobos e até mesmo lendas folclóricas, como o Saci e o Homem do Saco.

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“Comecei a criar os pokémons como uma forma de passatempo”, conta o rapaz, que teve que se afastar de seu trabalho por conta da síndrome de Parsonage-Turner, uma doença rara que afeta fibras nervosas de uma região do braço. “Usei meu outro braço, meu interesse por desenhos e o conhecimento em biologia para criar os pokémons.”

A brincadeira começou com “monstrinhos” inspirados na África. Após vencer os desafios para digitalizar os desenhos, o biólogo partiu para algo maior: como seriam os pokémons se eles fossem brasileiros? “Eu me inspiro em tudo que é brasileiro e em coisas que fazem parte da cultura. Tem formiga lutadora de taekwondo, que não é algo brasileiro, mas já faz parte da nossa cultura.”

Meireles ainda pretende finalizar a coleção de pokémons brasileiros para seguir adiante com suas criações. “Faltam uns 30 pokémons brasileiros ainda”, conta o rapaz, que já criou mais de 140. “Depois disso, já tenho em vista pokémons de outras regiões do planeta.”

Perguntado se ele tem interesse em vender suas ideias para a Pokémon Company, o rapaz diz não sonhar tão longe. “Estrangeiros que fizeram desenhos parecidos não conseguiram”, conta. Mas o passatempo abriu um horizonte para um novo futuro profissional, depois que Meireles melhorar da saúde. “Por enquanto, vou focar em resolver minha situação no INSS e, quem sabe, ingressar na criação de games mais para a frente.”

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