O Twitter está considerando adotar uma nova ferramenta para permitir que os usuários marquem tuítes que propagam informações falsas ou incorretas, numa tentativa de reduzir sua disseminação na plataforma. A ferramenta, de acordo com o jornal americano The Washington Post, permitirá que os usuários classifiquem os posts como "enganosos". Recurso semelhante já é usado pela rede em casos de tuítes de spam ou com conteúdos violentos e abusivos.
A medida acompanha um movimento do Facebook, que adotou um mecanismo para os usuários denunciarem notícias falsas em dezembro de 2016. A ferramenta permite que os usuários americanos reportem para os moderadores quando uma postagem possui conteúdo falso. Nos outros países, no entanto, a mesma opção só permite que os usuários bloqueiem a postagem no seu feed de notícias ou o enviem uma mensagem para o responsável pela publicação.
Ainda não está claro, no entanto, o que o Twitter fará com as informações coletadas. De acordo com o The Washington Post, uma das razões para que a companhia esteja relutante em adotar o recurso é o medo de que a ferramenta se torne um mecanismo para grupos derrubarem usuários específicos.
No passado, outras ferramentas de denúncia foram usadas dessa forma, e usuários tiveram suas contas suspensas após campanhas organizadas para denunciá-los muitas vezes em pouco tempo.
O problema é que, se o Twitter driblar essas denúncias em massa, pode ser acusado de parcialidade política nas escolhas. O Facebook enfrentou tais acusações quando foi revelado que a sua curadoria humana usava uma lista de fontes norte-americanas com inclinação política para a esquerda para checar fatos. A rede social respondeu ao caso demitindo todos os funcionários e contratando organizações independentes de checagem.