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América Móvil reduz investimentos no Brasil

José Felix, presidente do grupo que controla Claro, Net e Embratel, disse que investimentos serão reduzidos por conta da crise do País

Foto do author Circe Bonatelli
Foto do author Fernanda Guimarães
Por Circe Bonatelli (Broadcast) e Fernanda Guimarães
Atualização:
  Foto: Reuters

O presidente do grupo América Móvil no Brasil (dono de Claro, Net e Embratel), José Felix, reiterou hoje que os investimentos no País serão "um pouco" menores neste ano. Segundo o executivo, isso está relacionado a um conjunto de fatores, que passa pela insegurança jurídica em meio ao processo de transição do governo federal, oscilações fortes no câmbio e crise econômica.

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"A insegurança jurídica foi um fator importante. O novo governo tem mudado de maneira veloz essa insegurança e o empresariado tem um tido um otimismo bastante grande. Hoje, é mais otimismo do que coisas concretas ainda", comentou durante debate na Futurecom, congresso de TI e telecomunicações que ocorre em São Paulo. Ele lembrou também que o orçamento deste ano enfrentou variações bruscas no câmbio, com o dólar atingindo R$ 4,25, e divulgação de projeções de analistas que cogitavam a possibilidade de bater R$ 6,00.

Além dos fatores macroeconômicos, Felix fez duras críticas à carga tributária do setor de telecomunicações no Brasil.

"A questão tributária no setor é uma exorbitância. Sobra pouco para o acionista, para aumentar a qualidade dos serviços, expandir a rede e fazer tudo que a sociedade cobra", afirmou. "Este é um cenário onde as empresas não conseguem remunerar o capital investido. Coisas assim fazem com que o capitalista se afaste", disse.

Lembrado durante o debate sobre o fato de o acionista controlador do grupo América Móvil ter dado declarações recentes manifestando interesse por ativos da Oi no Brasil, Félix ponderou que as declarações foram mal interpretadas, mas não deu mais detalhes.

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