O Uber vai defender seu direito de operar em Londres na Justiça inglesa apenas em 2018, depois de perder a licença para rodar na capital inglesa em setembro deste ano.
Na ocasião, a agência reguladora Transport for London (TfL) chocou o Vale do Silício ao não renovar a autorização para o Uber rodar na cidade, um de seus principais mercados, com mais de 40 mil motoristas e 3 milhões de clientes.
Nesta segunda-feira, 11, a Justiça inglesa decidiu que a apelação movida pelo Uber para continuar operando na cidade deverá ser ouvida em 30 de abril e nos cinco dias seguintes, mas registrou que o julgamento poderá ser adiantado para evitar conflitos entre os motoristas do Uber e as autoridades da cidade.
"Temos tido discussões construtivas com as autoridades para resolver o problema. Estamos determinados a fazer as coisas direito", disse um porta-voz do Uber após a audiência.
Na semana que vem, audiências definirão se a associação de taxistas de Londres poderá participar como parte interessada no caso.
Apesar de ter perdido a licença para operar a partir de outubro de 2017, com a apelação o Uber deixou o caso em suspenso – enquanto a decisão não for julgada pela Justiça, o aplicativo poderá a continuar rodar na cidade.
Para analistas, a menos que a empresa entre em um acordo com a TfL, o caso pode se arrastar por anos na Justiça.
Retrospecto. Em outubro, o presidente executivo do Uber Dara Khosrowshahi se encontrou com a TfL, no que ele descreveu como "uma conversa construtiva", e pediu desculpas aos londrinos pelos problemas do passado.
Perder a licença para operar em Londres foi apenas um dos muitos problemas que o Uber passou nos últimos meses, entre acusações de assédio sexual dentro da empresa, programas de vigilância para autoridades e rivais e até mesmo acobertar falhas de segurança.
A empresa também precisa recompor seu quadro de executivos – na Grã-Bretanha, por exemplo, o Uber ainda precisa escolher um novo chefe, depois a saída de Jo Bertram, duas semanas após a perda da licença da TfL.